quinta-feira, 2 de junho de 2016

RELÓGIO E RELOJOEIRO

O universo me encanta. Não posso admitir a existência de um relógio sem que exista o relojoeiro. Este ato de fé não partiu de um camponês ou de um santo. Foi proferido por François Marie Arouet, mais conhecido por Voltaire, filósofo iluminista francês, que procurou ridicularizar a religião e o sagrado. Um compatriota seu, Blaise Pascal, garantia: a pouca ciência afasta de Deus, a muita ciência dele nos aproxima. O crente começa por Deus, o cientista termina em Deus.

Os escritores James e Priscila Tucker abordam a harmonia do universo, num livro que tem como título As lições de Deus na natureza. Todo mundo sabe que o planeta Terra gira ao redor do Sol. A órbita da Terra, ao redor do Sol, é extremamente exata. Enquanto se move através do espaço, esta bola gigantesca de rocha, terra, água e outros elementos também gira ao redor de si como um pião. Seu giro ao redor do Sol tem a duração de um ano. Numa linha imaginária e perfeita.

Porém, os astrônomos, com o avanço da técnica e da ciência, deram-se conta de um desvio, pequeno, mas preocupante. A Terra tem um diâmetro de 40 mil quilômetros e, por alguma influência, se afasta de sua órbita cerca de 2,8 milímetros a cada 28 quilômetros. Isto significa um centímetro a cada 100 quilômetros.

Longe de levar para a catástrofe, esses dois milímetros possibilitam a vida sobre a Terra. Se, por exemplo, ela aumentasse o desvio de 2,8 para 3,0 milímetros a cada 28 quilômetros, morreríamos todos queimados pelo sol. Se o desvio diminuísse para 2,5 ml a cada 28 quilômetros, morreríamos todos congelados. Para que a vida possa continuar na Terra, sua órbita deve desviar-se levemente de uma reta, exatamente, 2,8 milímetros a cada 28 quilômetros de sua órbita solar.

Estas e outras descobertas fizeram, Wernher von Braun (1912-1977) um dos maiores gênios do nosso tempo, admitir: quando a ciência faz uma descoberta, encontra Deus lá. Ele detalhava: nos orgulhamos das nossas descobertas em astronomia e física e não podemos ignorar quem fez tudo isso. A mesma harmonia do universo se revela até no inseto e na pequena e escondida flor do campo.

Cada descoberta nos obriga a admitir: e Deus tinha razão. Este Deus que fez leis tão perfeitas para os espaços siderais, povoados de esferas gigantescas e extremamente velozes, é o mesmo Deus que nos deu os Dez Mandamentos. Os mandamentos não são ordens ou proibições, mas caminhos de felicidade. Porque Ele nos conhece e ama, nos deu leis tão perfeitas.

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