terça-feira, 21 de junho de 2016

MUDOU O DESTINO DOS H0MENS

A intenção de silenciar a mensagem de Jesus em seu Evangelho da vida, não conseguiu êxito nos que tramaram sua crucificação. A decisão de enterrar seu rosto desfigurado para que nenhuma lembrança o deixasse visível na história foi vencida pelo rosto de Jesus ressuscitado, estampado no coração de cada pessoa, do mundo e da história. As obras de Jesus e sua prática, que inauguraram o novo Reino, antes de serem superadas e anacrônicas, constituem a alternativa e a resposta única ao clamor das profundezas do ser de toda a humanidade. “Felizes os que acreditarem, mesmo sem ter visto” (Jo 20,19).

“Somente a morte do Filho de Deus poderia modificar radicalmente a morte do homem. Para nos libertar do domínio da morte, Ele quis experimentá-la. E sabemos até que ponto chegou. Depois que a vida de Deus e sua glória entraram definitivamente no mundo pela morte deste crucificado. Não existe no universo acontecimento mais importante do que esta morte” (K. Rahner). A morte de Cristo mudou para sempre o destino do homem, pois Ele morreu para ressuscitar.

Aqui, neste núcleo, fonte e segredo, onde são garantem as possibilidades de Deus, reside o fundamento de nossa fé e a base de nossa esperança. Esta fé e esta esperança, que têm sua base indestrutível no crucificado ressuscitado, não ignoram nossas misérias humanas e nem eliminam o lado trágico da morte. Por este motivo, se Jesus vive, suas obras continuam atuais e eficientes, necessárias e permanentes.

Um Mestre único que “passou pelo mundo fazendo o bem”, que não é um teórico do Reino, mas o torna acreditável e visível em suas obras, continua sendo a maior autoridade para dizer: “Eu quero misericórdia e não o sacrifício”; “não são os que têm saúde que precisam de médico e sim os doentes”.

Depois de vinte e um séculos de cristianismo, Jesus continua sendo um desafio para a humanidade de hoje. Sua proposta de vida é grande demais para que as possamos ignorar. Um homem que se afirma igual a Deus e que é seguido por milhões de homens e mulheres continua sendo um “sinal de contradição”, diante do qual ninguém pode ficar indiferente.

Nestes longos séculos de cristianismo não podemos ignorar as multidões de discípulos/as que continuaram atualizando a herança da mensagem de Jesus, sua presença misericordiosa e suas obras de cura para a humanidade sempre ferida. Foi pela fé no crucificado ressuscitado, no Senhor Jesus Cristo, que encontraram a força de ser o que foram e fazer o que fizeram.

Nada faz prever uma decadência do cristianismo enquanto as pessoas forem humanas. Pelo contrário, desponta sempre mais atual e necessária a alegria do Evangelho e a renovação de suas práticas para relações redimidas e as esperanças de uma nova sociedade: a civilização do amor. Daqui a cem anos, a milhares de anos, o cristianismo estará mais vivo do que nunca, talvez com uma face diferente, mas continuando sempre a desafiar e interpelar os homens de boa vontade.
O autor

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