Um homem tinha quatro amigas, todas elas importantes, mas que eram tratadas de maneira desigual. Depois de setenta anos sentiu que sua hora havia chegado. Ele gostaria que alguma delas o acompanhasse até a eternidade.
Dirigiu-se à primeira, a mais amada, a mais parceira de todas. Ela o havia enchido de prazeres, estava sempre com ele. Diante da proposta de acompanhá-lo na eternidade, ela nem sequer respondeu e ostensivamente abandonou o quarto.
Diante da recusa, dirigiu-se à segunda amiga. Esta lhe proporcionara tantos momentos felizes! Sem ela não saberia o que fazer. A resposta foi de deboche: a vida é muito bela, tenho ainda possibilidades e muitos sonhos, não irei com você. A terceira amiga mostrou-se mais compreensiva, queria ajudá-lo em tudo. O acompanharia até o fim, até às portas da eternidade. Cuidaria ainda do seu enterro.
Desesperado, desiludido, pensou na quarta amiga. Ele reconhecia que não lhe devotara muito amor e atenção e, certamente, também recusaria o pedido. Surpreendentemente, ela declarou: irei contigo para qualquer lugar.
A primeira amiga representa o corpo, o companheiro inseparável, que ele cuidara com tanto empenho, durante tantos anos. A segunda amiga é a riqueza. Parecia um pouco insensível, mas ele a adorava. Foi a mais ingrata. A família representa a terceira amiga. Crescera com ela, com ela partilhou os bons e maus momentos, mas mostrou-se incapaz de fazer mais. Foi até o cemitério.
A quarta amiga é a alma, que simboliza os valores do espírito. Ele devia tê-la amado muito mais. Era a amiga mais pura e solidária.
Essa alegoria se aplica a todos. Naturalmente, a ordem de importância - o grau de amizade - depende de cada um. Todos temos um corpo. Melhor dizendo: somos um corpo. É nosso companheiro de luta e um dia será companheiro na glória. Ele merece ser amado, cuidado e disciplinado. A avaliação da amiga riqueza já não é tão lisonjeira. É possessiva, quer ser adorada e pretende mandar em tudo. Na hora da morte, o corpo ainda está quente e o dinheiro já migrou. A família é sagrada, ela nos acolhe, protege e acompanha, mas não pode decidir por nós. Já a alma - as boas obras - é nosso passaporte para a eternidade.
Mais uma vez, o mestre é exemplo: manteve as três amigas - o irmão corpo, o dinheiro e a família - à distância e amou perdidamente a alma.
Dirigiu-se à primeira, a mais amada, a mais parceira de todas. Ela o havia enchido de prazeres, estava sempre com ele. Diante da proposta de acompanhá-lo na eternidade, ela nem sequer respondeu e ostensivamente abandonou o quarto.
Diante da recusa, dirigiu-se à segunda amiga. Esta lhe proporcionara tantos momentos felizes! Sem ela não saberia o que fazer. A resposta foi de deboche: a vida é muito bela, tenho ainda possibilidades e muitos sonhos, não irei com você. A terceira amiga mostrou-se mais compreensiva, queria ajudá-lo em tudo. O acompanharia até o fim, até às portas da eternidade. Cuidaria ainda do seu enterro.
Desesperado, desiludido, pensou na quarta amiga. Ele reconhecia que não lhe devotara muito amor e atenção e, certamente, também recusaria o pedido. Surpreendentemente, ela declarou: irei contigo para qualquer lugar.
A primeira amiga representa o corpo, o companheiro inseparável, que ele cuidara com tanto empenho, durante tantos anos. A segunda amiga é a riqueza. Parecia um pouco insensível, mas ele a adorava. Foi a mais ingrata. A família representa a terceira amiga. Crescera com ela, com ela partilhou os bons e maus momentos, mas mostrou-se incapaz de fazer mais. Foi até o cemitério.
A quarta amiga é a alma, que simboliza os valores do espírito. Ele devia tê-la amado muito mais. Era a amiga mais pura e solidária.
Essa alegoria se aplica a todos. Naturalmente, a ordem de importância - o grau de amizade - depende de cada um. Todos temos um corpo. Melhor dizendo: somos um corpo. É nosso companheiro de luta e um dia será companheiro na glória. Ele merece ser amado, cuidado e disciplinado. A avaliação da amiga riqueza já não é tão lisonjeira. É possessiva, quer ser adorada e pretende mandar em tudo. Na hora da morte, o corpo ainda está quente e o dinheiro já migrou. A família é sagrada, ela nos acolhe, protege e acompanha, mas não pode decidir por nós. Já a alma - as boas obras - é nosso passaporte para a eternidade.
Mais uma vez, o mestre é exemplo: manteve as três amigas - o irmão corpo, o dinheiro e a família - à distância e amou perdidamente a alma.
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