terça-feira, 26 de abril de 2011

A MATEMÁTICA DA PRIVACIDADE, OU O FIM DA INTIMIDADE

Milhões de ligações de celulares reduzidas a padrões de comportamento humano através de diferentes experimentos em curso na Europa e nos EUA, tornam as recentes suspeitas de bisbilhotagem  promovidas pela Aple e o Google uma brincadeira de salão. Nessas pesquisas, sensores e softwares instalados em smartphones controlam movimentos, relacionamentos, humor, saúde, hábitos ao telefone e gastos do usuário. Da montanha de detalhes íntimos, os pesquisadores extraem padrões de comportamento em relação ao poder político, ao dinheiro, ao amor, podendo revelar sintomas sutis de distúrbios mentais e oscilações de humor coletivo que antecipam viradas na bolsa de valores ou a receptividade à  propagação de idéias políticas à semelhança de um vírus. Sobretudo, permitem que a ciência extrapole aquilo que singulariza a intimidade humana e  construa padrões matemáticos da privacidade. (...) Não se trata apenas de constatar o fenômeno social, mas de influenciar seu curso. Em Boston, EUA, um grupo de cientistas descobriu o quanto as pessoas podiam ser previsíveis estudando a rotina de deslocamento de cem mil usuários de celular (...). A amostra é uma partícula do universo  a ser devassado:  quase 75% da população do planeta tem telefone celular (Carta Maior, com informações WSJ/Valor)

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