terça-feira, 12 de abril de 2011

MANIFESTAÇÃO ANTI-NÚCLEAR EM TÓQUIO

Foi necessário uma das maiores tragédias nucleares para que os japoneses retomassem a luta anti-nuclear, praticamente abandonada nos últimos anos.

No domingo (10), gritando palavras-de-ordem, ao som dos tambores, mais de 15 mil manifestantes tomaram as ruas de Tóquio. É, juntamente com a luta contra a presença dos Estados Unidos nas ilhas de Okinawa, a maior manifestação de massas dos últimos anos no país.
Após o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki, na segunda Guerra Mundial, a vanguarda mais esclarecida da sociedade japonesa protagonizou uma forte luta contra as armas nucleares. Mas, apesar da trágica experiência, isso não impediu que a burguesia imperialista japonesa instalasse no pais nada menos de 55 reactores nucleares, que se transformaram numa espécie de bomba relógio que ninguém sabe quando irá explodir.
A recente decisão de despejar água radioativa no mar gerou toda uma série de transtornos. Na Coreia do Sul, políticos declararam que o Japão tem sido "incompetente" no tratamento da questão. É uma critica bastante virulenta em se tratando da Coreia do Sul. Além disso, os coreanos foram obrigados a não deixar os filhos irem a pé para a escola, temendo a radiação vinda do Japão, o que causou, inclusive, congestionamento do tráfego no país.

A Índia baniu a importação de produtos alimentares por três meses. A China impôs uma serie de restrições à importação. No sábado, mesmo nas Filipinas, depois de um período sem chuvas, o governo aconselhou a população a não andar à chuva por esta conter radioatividade, "inofensiva" para os japonesas, mas "preocupante" para os vizinhos.
Todos esses pequenos dados nos levam a crer que esta luta não é só dos trabalhadores e jovens de Tóquio, mas um problema internacional e, como tal, merece também uma mobilização internacional contra a ameaça nuclear.




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