Começou como camelô ainda menor de idade, fazendo ponto nas esquinas da Rua do Ouvidor, no centro do Rio, nunca teve problemas com os fiscais da prefeitura carioca, o diretor gostou da sua voz e o apresentou a um amigo da Rádio Guanabara. Buscando um público cativo para vender suas bugigangas passou a fazer a utilizar as barcas que fazem o percurso Rio-Niterói.
Vendia o que vendem os camelôs, inutilidades úteis; sua especialidade eram capas de plástico para carteiras de trabalho, documento de importância capital para comprovar que o portador não é um desocupado. Não perdia tempo, em Niterói tinha um bico como locutor da Rádio Continental.
Alguém lhe disse que em São Paulo havia mais dinheiro, mandou-se para a Paulicéia, deu-se bem. Nunca poderia dar-se mal. "Se amanhã me disserem que o país virou comunista vou perguntar, ‘como é que faço para ser o chefe dos comunistas?’" Começou alugando horários em emissoras de rádio, graças a boa pinta mudou-se para a TV onde tornou-se animador de programas de auditório, logo era dono do programa de maior audiência do país. O último ditador, o populista João Figueiredo, preferiu dar-lhe um dos canais de TV disponíveis porque apostava num esquema político para disfarçar as mazelas da ditadura.
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