quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PODER DE OBAMA NO LEGISLATIVO É DIMINUIDO PELA DIREITA.

Obama perdeu o controle da Câmara de Representantes cuja atual presidente, a democrata Nancy Pelosi, será substituída pelo republicano John Boehner. Sob o comando de Boehner, conservadorismo tentará reverter a reforma da saúde e avançará na agenda de cortes de impostos. O manual da ortodoxia econômica -contra todas as evidencias desde o início da crise mundial-- insiste que quanto menor for a interferencia do Estado nos mercados, mais rápida será a retomada do crescimento. A cegueira ideológica da direita norte-americana deve levar a um alongamento da crise econômica mundial tornando mais remota uma reativação comercial puxada pela demanda dos EUA. A presidente-eleita, Dilma Rousseff em seu discurso na noite de 31-10, já antevia esse cenário quando advertiu que o Brasil terá que crescer agora baseado em seu mercado interno. Assume notável coerência assim a concepção de um novo modelo de desenvolvimento, pavimentado no segundo governo Lula, que tem na erradicação da miséria e na recuperação do poder aquisitivo da poupulação um de seus eixos aglutinadores. "Eu vou tornar essa meta de erradicação da pobreza como uma meta central", repetiu a presidente -eleita, ontem, em entrevista À TV Brasil. A retração internacional reforça ainda o acerto da estratégia brasileira de buscar na integração latinoamericana e nos mercados emergentes da África, ademais das parcerias Sul-Sul, uma nova geopolítica comercial. O aprofundamento do impasse político nos EUA vem consolidar a opção de independência do Brasil em relação ao alinhamento 'carnal' com a Casa Branca, uma agenda tradicional dos demotucanos reafirmada na disputa presidencial de 2010. O candidato José Serra, como se recorda, não escondeu seu menosprezo pela política externa do Itamaraty,ademais de destilar preconceito e ignorância comercial em relação a parceria sulamericana e o Mercosul.

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