segunda-feira, 29 de novembro de 2010

É PELO DIÁLOGO QUE SE PODE VER A QUESTÃO POR UM OUTRO ANGULO

O orgulho foi o primeiro pecado cometido pelo homem. Já no Jardim Terreal, Adão quis ser igual a Deus. Ao longo da história, o orgulho e a arrogância situaram-se na raiz de milhares de pequenos e grandes conflitos. As guerras mostram a irracionalidade humana. Os inevitáveis conflitos devem ser resolvidos pelo diálogo. Todas as questões são vistas a partir de um ponto. O diálogo é a graciosa possibilidade de ver a questão através de outro ponto de vista. O diálogo não tem como objetivo mostrar que alguém está certo ou errado. Trata-se de procurar a melhor solução. Existe o meu ponto de vista, o ponto de vista do oponente e a solução ideal. As democracias trabalham com o voto. E aí existe o vencedor e o vencido. Na vida cotidiana a votação pode acontecer, mas é sempre preferível buscar o consenso. Uma solução é boa quando é boa para todos. Quando uma solução é boa somente para um lado, ela não perdura.

Existe, algumas vezes, um conflito entre a verdade e o amor. Em nome da verdade aconteceram muitas guerras, mas é impossível fazer uma guerra em nome do amor. A verdade acima de tudo, pode proclamar alguém. Na ótica evangélica o ideal: o amor acima de tudo, o amor em primeiro lugar.
A verdade é o caminho certo, mas depende como é colocada. Uma verdade sem amor aproxima-se de uma agressão. O ideal é dizer a própria verdade, mas dizê-la com amor. De resto, poucas vezes temos certeza absoluta em nossa posição. É sempre prudente admitir: talvez ele tenha razão. E a partir dessa ótica é possível descobrir soluções melhores do que as imaginadas. Armados de arrogância e de uma verdade subjetiva, podemos levar o navio de nossa vida contra um rochedo.

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