terça-feira, 19 de outubro de 2010

OS ARQUITETOS DO PODER

A introdução do aborto como tema eleitoral, agora claramente identificada como uma iniciativa de católicos extremistas que foi amparada pelos coordenadores de campanha do candidato José Serra, transfere para um bando de alucinados um poder de persuasão que nunca tiveram enquanto desfilaram por aí com seus uniformes medievais e suas bandeiras.

Esses personagens caricatos, verdadeiras anomalias na sociedade contemporânea, não se diferenciam essencialmente daquilo que representam os talibãs no Afeganistão ou os radicais que se dizem muçulmanos no cenário internacional.
Têm direito a suas rezas, mas não podem ser tolerados como solapadores da democracia. Não têm representatividade, mas a imprensa parece que os vê como protagonistas de peso no debate eleitoral, a julgar pela repercussão que conseguem para seu discurso obscurantista.
Muitos leitores devem estar se perguntando: afinal, política não é isso mesmo? Essa confusão de acusações repetidas incessantemente até virarem verdade, essa mistura de assuntos sérios com preconceitos religiosos e a falta de racionalidade? Sempre foi assim ou piorou nesta época da televisão em tempo real e da onipresente internet?

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