Está nas mãos dos gaúchos de hoje o futuro climático do Rio Grande do Sul. É o que afirma o Plano Clima, Ar, Energia (Pace), cujo diagnóstico foi elaborado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e consultores franceses - um projeto de cooperação entre os governos gaúcho e francês.
Do jeito que está, o futuro que se esboça para o Estado é, no mínimo, preocupante. Entre os efeitos previstos pelo relatório estão o aumento da temperatura em até 4ºC, a restrição ao consumo de água e eventos climáticos catastróficos e extremos, como estiagens e inundações. “É o dilema do desenvolvimento. O cenário de danos é grande”, alerta ao CR Charlotte Raymond, coordenadora da equipe de consultores franceses.
“No que se refere à evolução do clima, se nada for feito nos próximos anos, os estudos indicam que, em 2050, o RS poderá ser um Estado de 2ºC a 4ºC mais quente e de 5% a 10% mais chuvoso”, detalha Charlotte. Como consequência, haverá mudanças na distribuição agrícola e pecuária e nos ecossistemas, aumento de doenças infecciosas, vulnerabilidade das redes de distribuição e redução da produção hidroelétrica.
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