terça-feira, 19 de outubro de 2010

MAIS UMA CHANCE DE PRESERVAR O PLANETA

Dirigentes de mais de 100 países, entre eles o Brasil, se reúnem de 18 a 29 deste mês em Nagoya, Japão, para tratar de um dos temas mais importantes para o futuro da humanidade: a redução da perda da biodiversidade. É preciso conter a eliminação de espécies de seres vivos - aqui incluídos animais, vegetais, fungos e microorganismos, responsáveis pela evolução e conservação da vida.

Estudos recentes revelam que não só cresceu a quantidade de espécies extintas como essa destruição está ocorrendo em uma velocidade cada vez maior. Não é sem razão que o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, hoje ratificada por 192 nações, Ahmed Doghlaf, afirmou: as taxas de extinção podem estar mil vezes acima das médias históricas.
As principais causas para esse ritmo de devastação estão associadas à intervenção humana, como o desmatamento, a poluição e a exploração dos recursos naturais sem controle. Essas ações criam um cenário estranho: enquanto grupos juntam fortuna sem se importar com os efeitos ambientais, o mundo arca com prejuízos que a redução das espécies gera, estimados em até US$ 4,5 trilhões/ano - US$ 50 bilhões só no Brasil.
O objetivo da Conferência da ONU sobre Diversidade Biológica, a COP-10, é tentar evitar novos colapsos ambientais no mundo. Alguns países admitem a exploração do patrimônio genético da biodiversidade sob o critério da divisão dos benefícios - científicos e financeiros. Mas sobre isso há controvérsia. O importante é que todos concordem que a manutenção do planeta depende do equilíbrio e estabilidade de ecossistemas, e seu uso e aproveitamento deve, necessariamente, ser feito de maneira sustentável de forma a preservá-los. O homem é apenas uma entre 1,75 milhão de espécies conhecidas na Terra, tem poder para destruir todas os demais, mas morre um pouco junto com cada uma que desaparece.

Nenhum comentário:

Postar um comentário