terça-feira, 19 de outubro de 2010

EM VEZ DE INVESTIGAÇÃO, CONFUSÃO.

Em vez de investigação, confusão. Esse é o resultado do noticiário de terça-feira (19/10) sobre os bastidores da campanha eleitoral. A informação de que a gráfica onde foram apreendidos folhetos difamatórios contra a candidata Dilma Rousseff pertenceria a parentes do coordenador de infraestrutura da campanha do PSDB é desmentida, mas um ministro do Tribunal Superior Eleitoral reafirma que se trata de crime eleitoral.

Os jornais não avançam no sentido de esclarecer o leitor, e a maneira como as declarações são organizadas nas reportagens indica pouca disposição para levar adiante uma investigação.
O título na primeira página do Estado de S.Paulo – "Panfletos viram motivo de guerra entre partidos" – é tipicamente um recurso para misturar assuntos diferentes e minimizar a gravidade de um deles. O folheto apreendido na gráfica do bairro do Cambuci, em São Paulo, é parte de uma estratégia, organizada, sistemática, em torno de um tema que é seguidamente levado à campanha oficial do candidato oposicionista, inclusive nos debates pela televisão.
Trata-se, portanto, de peça integrante de uma estratégia de campanha, e não apenas parte de uma operação desastrada realizada por um militante de organização de extrema-direita, como quer fazer crer o noticiário de terça-feira.

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