sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

QUEM É O VERDADEIRA HERÓI?

Dialogar, aproximar, integrar são verbos bonitos de se pronunciar que rimam muito bem, mas para rimar com verbo amar precisam de muita renúncia, muita compreensão, muito perdão. 
O que aconteceu no pós-guerra na Alemanha, nos países comunistas, nos países autoproclamados democráticos, mas com um gigantesco apparteid, as mortes causadas por intolerância contra a outra raça, a outra cor, a outra etnia, a outra língua, a outra corrente política, a outra religião, mostram como é difícil aproximar, dialogar e integrar.
Décadas depois da guerra, a Alemanha dividida não consegue integrar-se plenamente, nem o Vietnã, nem as Coreias, nem Israel, nem os palestinos. É que separar é quase sempre mais rápido; entrar em guerra é questão de meses, mas aproximar é questão de anos porque houve mortes, feridas, ódio, lições de ódio. Tudo isso não desaparece da noite para o dia.
São três verbos dificílimos de viver! Aproximar-se do diferente e aceitá-lo mesmo sem concordar com ele. Dialogar com o diferente mesmo sem concordar com ele. Integrar o diferente mesmo sem aceitá-lo.
O mundo parece nunca ter descoberto o equilíbrio e a moderação. Foi sempre elogiado como herói quem sempre derrotou, esmagou e destruiu. Deveria ser chamado de herói quem dialogou, aproximou, integrou. Os santos são os verdadeiros heróis porque eles aproximam, tentam integrar, perdoam e ensinam a perdoar. Talvez tenhamos que rever nossos conceitos de herói.
Herói é quem vai à luta, mata, cospe e esmaga ou aquele que consegue criar a paz, bom senso e diálogo? Herói é quem derrama sangue ou quem impede o derramamento de sangue? Quem sabe um dia descubramos o verdadeiro sentido do heroísmo! Talvez o heroísmo esteja no diálogo!

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