quarta-feira, 26 de maio de 2010

QUEM NÃO REALIZA O ENCONTRO MORRE POBRE.

Há dentro de mim o desejo do encontro. Da comunicação dos sentimentos e pensamentos. Há dentro de mim e de todos nós o desejo de não ficar só, com meus segredos só para mim. Mas ao mesmo tempo a gente se pergunta: para quem vou confiar meus segredos? Quem tão semelhante a mim que posso me expor como sou, que posso me deixar invadir, conhecer?

O medo de ser conhecido faz com que se criem muitos jeitos de viver artificiais. Cada um tenta encontrar maneiras de enganar o outro, de esconder. Cada um coloca uma máscara para não revelar quem é. É por isso que todo mundo fala do que faz e do que tem, e não tem coragem de falar do que é, do que sente, dos segredos interiores.
A pessoa inteira e realizada é aquela que estabelece um encontro significativo e profundo com as pessoas e com o mundo a sua volta. Ela não só se escuta, mas escuta o que se passa ao redor.
Todos os seres humanos sentem o desejo do encontro, e, ao mesmo tempo, sentem o medo do encontro, o medo de sair de si, o medo de se revelar. E quem não realiza o encontro morre pobre. Morre apenas consigo mesmo. Morre sem a linda experiência de sair de si e deixar outros penetrarem sua vida, conhecerem seu mundo interior.

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