quarta-feira, 26 de maio de 2010

O FIM DA PICADA

O bioinseticida, apelidado Fim da Picada, é aplicado nos córregos dos rios onde as larvas dos mosquitos se desenvolvem e substitui o BT. Segundo a bióloga e pesquisadora da Embrapa Rose Monnerat, o produto tem eficácia, e, diferente dos produtos convencionais, tem a vantagem de não agredir o meio ambiente. “Normalmente são utilizados produtos químicos que acabam eliminando larvas, mas os peixes e as plantas, prejudicando a saúde das pessoas e dos animais que bebem a água contaminada”, observa.

O borrachudo é mais encontrado em áreas rurais onde há córregos e rios. A picada do inseto, além de dolorida, prejudica a reprodução animal, pois diminui a produção de leite das fêmeas. O mosquito causa estresse em animais de interesse para a agropecuária, já que eles picam qualquer parte do corpo que não tenha pelo. “Muitas vezes, as suas picadas causam infecções, fragilizando o animal e possibilitando a entrada de outros microrganismos, como fungos”, afirma a bióloga.
O novo inseticida biológico, feito a partir de uma bactéria isolada no Brasil (Bacillus thuringiensis), promete dar um fim às picadas que, além de doloridas, podem causar alergias em humanos e animais. O produto é biológico e, portanto, inofensivo à saúde humana, de animais e ao ambiente e capaz de controlar os borrachudos, que são também vetores de doenças. Na região Norte, ele transmite a oncocercose - doença que cega as pessoas.
O produto foi desenvolvido em parceria com a empresa do Distrito Federal Bthek Biotecnologia, e já está em fase de registro. “Isso significa que o Fim da Picada deverá chegar ao mercado até o fim deste ano”.

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