quarta-feira, 5 de maio de 2010

O EU E O EGO

O corpo está num lugar e o pensamento está em outro. Poucas vezes estamos onde está nosso corpo. Nosso corpo vive no momento presente e nossa mente vai se preocupando com outras coisas, no passado ou no futuro.

Estamos no trabalho e não pensamos no que estamos fazendo. Estamos na aula e nosso pensamento está na rua. Estamos comendo e nosso pensamento está no trabalho. Estamos rezando e nossos pensamentos estão nos negócios. Estamos conversando com pessoas e não as escutamos.
Todos esses fatos demonstram a briga dentro de nós, os dois mundos em conflito. Tudo isso vem mostrar que não vivemos onde estamos, que não vivemos em nosso próprio corpo.
Esse modo de viver cansa a gente. Essa briga entre o corpo e o pensamento cria um desgaste grande. Nós somos feitos para viver a unidade, a harmonia, a paz. Tudo o que quebra essa unidade vai ferindo a natureza humana. Tudo o que fere, sangra. Tudo o que fere produz sofrimento.
Por isso, quando não vivemos na unidade, quando não vivemos em nosso próprio corpo, surgem a dor e o sofrimento, nascem as angústias e as tristezas.
Que bonito poder dizer: “moro em mim mesmo... vivo em mim mesmo... estou em mim mesmo... ando comigo mesmo... estudo e trabalho comigo mesmo!” Que bonito viver a unidade entre a ação e os sentimentos! Que bom a gente estar todo inteiro naquilo que se faz! Trabalhar, dormir, estudar, rezar, jogar, amar todo inteiro.
Moro em mim mesmo. Quem pode dizer assim é uma pessoa feliz. Quem pode dizer isso está vivendo na harmonia e sua vida pode se tornar música. Música afinada que todos gostam de ouvir. Música sem ruídos, sem baterias fortes e dissonantes. Música que faz a gente descansar e viver em paz.

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