quarta-feira, 26 de maio de 2010

PERFIL DOS DOADORES ESTÁ MUDANDO

O Brasil registrou recorde de doações de órgãos em 2009 e, juntamente com o crescimento dos números, surgiu um novo perfil de doador no país. Até então, a vida de quem aguardava por um coração, pulmão ou fígado sadios dependia, em sua maioria, da morte trágica de outra pessoa, geralmente jovens com menos de 30 anos vítimas de acidentes de trânsito ou da violência urbana. Agora, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o cenário predominante é outro. Os doadores estão mais velhos e são, na maioria, vítimas de doenças crônicas.

Pela primeira vez, os doadores com idade de 41 a 60 anos ficaram um pouco à frente (41%) dos que se encontram na faixa etária de 18 a 41 anos (40%). O principal motivo das mortes encefálicas também mudou. Os traumatismos, que já foram maioria entre as causas de parada de funcionamento do cérebro, deram lugar aos acidentes vasculares cerebrais, 48% contra 41% - a doação de determinados órgãos, como coração e fígado, só pode ser feita quando o cérebro do paciente morre, mas os demais órgãos ainda permanecem ativos por um período.
No ano passado, 1.658 pessoas doaram seus órgãos, crescimento de 26% em relação a 2008, quando foram identificados 1.317 doadores, segundo balanço do Ministério da Saúde. Santa Catarina foi o Estado com maior índice de doadores, seguido por São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
O número de transplantes aumentou 5%. O carro-chefe do crescimento foram os transplantes de rim por doadores falecidos, que passaram de 2.018 em 2008 para 2.532 em 2009, salto de 25,47%. A quantidade de pacientes transplantados a partir de fígado de doador falecido também destaca-se, com elevação de 15,7%.



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