segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A FORÇA MEDICINAL DO ABRAÇO

O mercado está cheio de receitas milagrosas para todas as situações. Prometem o bem-estar, prometem a felicidade, mas não a entregam. E as promessas enganosas nos fazem esquecer velhas soluções que não custam nada. E não têm contraindicações. Estamos falando do velho e conhecido abraço. Todas as maravilhas que se diziam dele acabam de ser comprovadas pela Universidade de Viena. Ele atua na alma e no corpo, melhora nosso psiquismo e nossa alegria de viver. E sua ausência diminui a qualidade de vida.

Os especialistas dizem que uma média aceitável é de 12 abraços por dia. Este número pode ser superado sem qualquer prejuízo. Essa atitude tem efeito multiplicador, pois o abraço funciona em duas direções: quem abraça recebe um abraço. As situações para o abraço são infinitas. É o abraço da mãe para o bebê de poucos dias, é o abraço de dois irmãos que há tempo não se encontravam, é o esperado abraço de reconciliação, é o abraço mágico dos amantes de qualquer idade, é o abraço por um triunfo conquistado, é o abraço para quem está triste, é o abraço por qualquer motivo ou mesmo sem motivo.

A pesquisa da universidade de Viena aponta a força medicinal do abraço. Ele libera a oxitocina, o hormônio da felicidade, queima as enzimas negativas, reduz o estresse e a pressão arterial, aumenta a autoestima e fortalece todo o sistema imunológico. Os benefícios continuam: alivia a dor, combate os resfriados e melhora a comunicação.

O Evangelho fala do velho pai, que ao ver o filho pródigo regressando, corre ao seu encontro e o abraça e cobre de beijos (Lc 15,20). O abraço nunca se repete, é sempre novo, com um significado sempre diferente. Pode significar: eu te peço perdão ou eu te perdoo, pode significar um novo momento na vida dos dois, pode extinguir um abismo existente. O abraço sempre vem revestido de amor. Pode significar: eu te amarei para sempre, pode significar: você é maior do que suas limitações.

É sempre um abraço no corpo e na alma, é um momento mágico que continuamos lembrando anos depois. É remédio milagroso, que não se encontra em farmácias, mas é elaborado no laboratório de um coração maduro e que se derrama no outro. Nada pede e tudo oferece. Nas primeiras páginas da Bíblia lemos que Deus criou o homem, à sua imagem e semelhança, e o beijou (Gn 2,7.). O beijo de Deus à humanidade tem um nome próprio: é o amor.

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