segunda-feira, 27 de setembro de 2010

VERDADE: CADA UM TEM A SUA.


Existe uma escada crescente da caminhada da mentira. No primeiro momento, mentimos para os outros, depois mentimos para nós mesmos e esta é a mentira mais perigosa. A própria pessoa se transforma em mentira. Usa todo o tipo de máscara e acaba esquecendo sua própria fisionomia. Existem três tipos de soluções: a minha, a do outro e a certa. Na avaliação de uma questão precisam entrar duas dimensões: o coração e a razão. O coração deve privilegiar a bondade e a razão deve levar em conta a justiça. Essas duas instâncias não devem ser excludentes. Deus, modelo absoluto de perfeição, une bondade e justiça.
A descoberta do ponto ideal numa questão passa pelo diálogo. Não se trata apenas de externar os pontos de vista, mas também perceber os pontos de vista dos outros. Simbolicamente, a pessoa deve ocupar o lugar do oponente; o pai deve assumir a condição do filho, o professor a do aluno. O motorista precisa perceber o trânsito como o pedestre enxerga. Faz bem o patrão colocar-se na situação do operário, o sacerdote no lugar do fiel, o político no lugar do eleitor. E vice versa.
Uma decisão é boa quando é boa para os dois lados. Uma decisão errada logo está de volta. De resto, nem sempre as decisões legais são justas. Nenhum tribunal pode tornar justo o que é injusto.Na contraluz percebemos que a mentira nos torna escravos. E uma mentira, para sobreviver, precisa sempre de novas mentiras.

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