domingo, 19 de setembro de 2010

A HIPOCRESIA DA ANJ

Lula tocou na ferida no histórico discurso de ontem, em Campinas, e a imprensa acusou o golpe. Depois que o presidente denunciou que jornais e revistas atuam como partidos, têm candidato mas não assumem, e fazem um papel vergonhoso, a Associação Nacional de Jornais (ANJ), órgão de representação dos donos dos meios de comunicação,soltou logo uma nota hipócrita sobre o que seria o papel da imprensa em sociedades democráticas.

“O papel da imprensa, convém recordar, é o de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes”, diz a nota da ANJ.
A ANJ não tem como negar que atue como partido de oposição. Sua própria presidente, Judith Brito, diretora do Grupo Folha, afirmou isso. Só que os jornais que a integram fingem que não fazem isso. Fingem que não apoiam Serra ou qualquer outro candidato que possa enfrentar o campo popular,como mostrou Merval Pereira em seu artigo de hoje em O Globo. O objetivo é derrubar Dilma como sucessora de Lula e de um projeto político que os ameaça. Serra parecia o nome indicado para isso. Mas diante do seu fracasso, que seja Marina ou qualquer outro que demonstrar um mínimo de viabilidade.

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