quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O FUTURO DO NOSSO PAÍS.

Péricles foi o construtor da primeira democracia do mundo. O brilho do seu gênio iluminou o século V a.C tornando Atenas a capital intelectual e política da época. Os historiadores falam do Século de Péricles. Pela primeira vez um governante pensou numa estratégia para garantir o futuro, sem depender das armas. Em certa ocasião, Péricles mandou reunir todos os notáveis, gênios e artistas que tinham engrandecido Atenas e tinham a missão de perpetuar esta grandeza.

Foram chegando os arquitetos, engenheiros, escultores, guerreiros que defenderam a cidade, filósofos que propuseram novos sentidos para a vida, lavradores que garantiram o pão. Todos os setores pareciam representados. Péricles percebeu comprometedora ausência: faltavam os professores. Onde estão os mestres?, perguntou o magistrado. E quando estes chegaram, Péricles falou: aqui se encontram aqueles que, com seu esforço e perícia, transformaram, embelezaram e protegeram a cidade. Faltavam vocês, que têm a missão mais importante e elevada de todas: a de transformar e embelezar a alma dos atenienses.

A grandeza de um país não se mede pelo seu PIB (Produto Interno Bruto), nem pela extensão territorial, nem pelas jazidas de minerais, nem pelo poderio de suas armas. A verdadeira grandeza é a que procede da inteligência e do caráter. E neste sentido, toda a estratégia em relação ao futuro precisa passar pela educação. Não se pode confundir educação com instrução. Nem se pode imaginar que toda a educação passe pelas salas de aula.

Educar não é apenas ensinar os nomes dos rios, as capitais dos países e as datas dos eventos do passado. Educar é ajudar a construir a pessoa em sua totalidade: corpo, mente e espírito. Educar é moldar os corações. O educador é um estilista de almas, um embelezador de vidas. De certa maneira, é um parteiro do espírito e da personalidade. É ainda ele quem indica o caminho da comunidade, que se forma pela partilha e aceitação dos outros, acolhendo a riqueza na diversidade.

Mas não podemos simplificar, imaginando que a educação seja uma tarefa da escola e do estado. A missão primeira de educar é da família. Ali se vive a primeira experiência comunitária. Os pais são também mestres e catequistas. A educação deve também perpassar pelos meios de comunicação. Grande parte da responsabilidade recai sobre o estado, que tem o dever sagrado de estabelecer políticas que priorizam, ao lado da saúde, a educação. A grandeza de uma nação passa por ali.

De resto, entre os mais de 40 títulos conferidos a Jesus, nos Evangelhos, o mais comum é o de mestre. Ele é mestre para os apóstolos e para as multidões. Até mesmo os adversários dão-lhe esse título. E nesta ótica, todos devemos ser discípulos e missionários do Mestre. Só Ele é o caminho, a verdade e a vida.

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