terça-feira, 20 de setembro de 2016

DOMINGOS E DELTAN: DOIS HOMENS DOIS DESTINOS

Tão jovens e tão fugazes, Deltan Dallagnol e Domingos Montagner, belezas ou feiuras distintas. Os dois saíram de suas vidas e entraram para a história num piscar de olhos. Um pelo espetáculo da cena que criou, e o outro pela cena espetacular que foi criada.

Deltan, um jovem procurador federal que buscava os holofotes a toda hora e Domingos, um homem maduro e jovem ator, cujos holofotes o buscavam o tempo todo. Duas pessoas completamente diferentes, dois destinos completamente iguais: as manchetes de jornais, revistas e sites. Assim como as chamadas urgentes em rádios e televisões...

Muitas são as semelhanças entre eles – a saber – que os dois têm os primeiros nomes que começam com a letra "d". Por conseguinte, eles também têm um sobrenome italiano formado pelas consoantes "gn", que falado em português formam "nh", produzindo o mesmo som "nhol e "nher".

Dallagnol usou o ímpeto da sua juventude para espetacularizar uma "convicção" torpe, cruel e sem provas contra o ex-Presidente Lula – que repercutiu mal – indignando até os seus mais convictos opositores.

Montagner foi usado pelo ímpeto das águas do Rio São Francisco para espetacularizar uma cena triste e chocante de afogamento, contrariando os autores da novela "Velho Chico", que nunca previriam o seu desaparecimento real. Cena essa que repercutiu muito, comovendo a todos no País inteiro.

Acusar sem provas é crime, morrer no fim da novela também o é. Afinal, quem de verdade é o herói da vida real, aquele que aponta o dedo ou o que os dedos são apontados? Aquele que obra em destruir a reputação de um ser humano, ou aquele que tem a imagem perpetuada pelas boas obras realizadas em vida?

Quem será o Juiz máximo para julga-los com coerência e sabedoria? Nós todos, ou aquele ser todo poderoso que chamamos de Deus?

Um entrou para a história como total protagonista da dor e sofrimento de muita gente que admira o Luís Inácio Lula da Silva e o seu legado político honesto. O outro saiu da vida como mero coadjuvante da fúria, de um rio misterioso, para brilhar como uma estrela no céu e trazer na lembrança a felicidade do seu sorriso, marca registrada em sua vida e obra, para todos aqueles que o amavam?

Domingos e Deltan, dois homens e dois destinos... Um estará sempre no coração das pessoas, pelo caráter, pela simplicidade e pela história de vida. O outro terá que responder pelos erros, pelo conjunto de sua obra mal-acabada e sem provas, pela injúria, pela calúnia e pela difamação cometidas covardemente, a quem não merecia.

Todos dois serão eternamente lembrados pelo povo. Um pela sua atuação brilhante na novela das oito e o vazio que ficará depois que ela terminar. Já o outro, ah o outro será pelo excesso que a presença física e sem brilho lhe causou, em sua última atuação, cheio de ódio e rancor no coração, em busca de pseudo heroísmo desenfreado e disfarçado de plena Justiça.

Domingos, o famoso "Santo" de "Velho Chico" agora será apenas "dos Anjos" e foi para a eternidade brilhando como uma estrela ímpar. Já o Dr. Deltan, pra alguns "o diabo em pele de gente" ficará em nossa triste realidade e a história se lembrará muito bem - ou mal – deles dois.

O desfecho maravilhoso dessas duas histórias de vida e morte dependerá do ponto de vista de cada um dos seus fãs e admiradores. Mas de uma coisa tenham certeza, aquela cena da vida do ator Montagner, vale muito a pena ver de novo. Já aquela outra ridícula de tentativa de assassinato de reputação, realizada pelo nobre procurador federal Dallagnol, felizmente não pode-se dizer o mesmo

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