quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

QUE NO ANO NOVO POSSAMOS NOS RENDER AO UNIVERSO

Doug Henning foi um dos mais festejados mágicos da década de setenta. Atuou na TV canadense e fez shows em todo o mundo, sempre com sucesso. Numa oportunidade apresentou-se diante dos inuits, um povo de esquimós, a 500 quilômetros do pólo norte. A temperatura era de 60 graus abaixo de zero. Sentados no chão, os nativos acompanharam a apresentação, sem grande interesse. Ao final do espetáculo, Henning, através de um tradutor, quis saber a causa da aparente indiferença.
Os inuits disseram que haviam gostado, mas não haviam entendido o que ele pretendia fazer. Por que você fez estas coisas? Eu estava tentando divertir vocês, esclareceu, com algumas mágicas. Eu fiz uma bola flutuar, tirei um coelho da cartola e pombos das mangas... Isso é mágica. Os nativos observaram: aqui temos uma bola imensa, que flutua no ar todos os dias e dá luz e vida. Essa sim que é mágica! Aqui, continuou o esquimó, temos o alce. A cada primavera aparece e, num belo dia, desaparece. Temos ainda a magia da neve, com sua brancura imaculada. Temos sementes, que e o vento traz, não sabemos de onde, e que germinam enchendo de cor e perfumes nossa terra. Temos até coelhos, que após hibernarem longos meses, acordam para a festa da vida e os pássaros que aparecem magicamente e desaparecem no final da estação.
Como conclusão, o líder do grupo, após consultar os seus, explicou ao mágico: agora entendemos porque você está fazendo estas coisas. “É porque seu povo esqueceu o que é realmente mágico. Você está fazendo isto para eles se lembrarem. Boa ideia!”. Doug Henning agradeceu emocionado e nunca mais apresentou seu espetáculo. Viveu mais vinte anos, encantado com a magia do universo. Francisco de Assis não foi mágico, mas soube muito bem perceber a magia do universo. Para ele o mundo era, nada mais nada menos, um maravilhoso templo onde era possível perceber os vestígios divinos. Todas as criaturas saíram das mãos mágicas de Deus. E Deus continua a falar pelo mar, pela primavera, pelo canto das aves, pela difusa música do universo. O espetáculo prossegue. E através da oração, também revestida de mágica beleza, Francisco falava com Deus.
O santo de Assis deu mais um passo. Entendeu que todos – porque criados pelo Pai – somos irmãos. E o amor é a maior de todas as magias e transforma a vida da humanidade. “O amor - diz São Paulo - tudo crê, tudo desculpa, tudo espera... o amor jamais passará” E Deus é amor".
Enviou ao mundo seu filho Jesus. Ele realizou a maior de todas as magias, jamais repetida por alguém: no terceiro dia saiu do túmulo, Ele ressuscitou. E isto tem a ver com a
vida de cada um de nós: recebemos poderes mágicos. Feliz Ano Novo a todos.

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