segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ALÔ PREFEITOS E VEREADORES ELEITOS: DEEM PRIORIDADE PARA A EDUCAÇÃO.

Após a refrega eleitoral deste ano, assisti aos eleitos eufóricos, dando entrevistas e relatando suas metas administrativas para seus quatro anos de governo, uns dando preferência a esse setor, outros àquele outro. Todos, de modo geral, priorizando a saúde, depois a segurança, agricultura, transporte, estradas, habitação e, finalmente, educação.
Ninguém, repito, ninguém mesmo deu primazia à educação. Será que teremos que esperar mais 500 anos para descobrir que sem educação não se chega a lugar nenhum? Com educação de qualidade e com professores, não com “trabalhadores e nem com profissionais de educação”, mas com educadores bem pagos, evita-se que o cidadão vá para o hospital por falta de higiene, de alimentação adequada e se capacita o cidadão para exercer com qualidade e competência qualquer atividade, até para saber plantar mandioca ou repolho.
Um cidadão instruído e educado sabe encontrar seu lugar ao sol. Não precisa de bolsa família, de bolsa gás, de bolsa sei lá de quê, para sobreviver. Ele sabe, sente-se feliz e com capacidade para enfrentar a vida por mais dura e madrasta que seja. Terá orgulho de dizer: “Tenho minha casa mobiliada, meu carro e um bom emprego para sustentar minha família, porque eu estudei e consegui meu lugar ao sol”.
Mas não é isso que se ouve através dos meios de comunicação e do que o povo fala nas ruas, praças, botecos e nos diferentes lugares de lazer, Fala-se muito qual irá ser seu emprego na prefeitura, porque, afinal, “trabalhei e me esforcei para o meu candidato ser eleito e agora é minha vez de exigir um cargo na administração municipal”. Não se questiona se tem qualificação para exercer com competência e eficiência esta ou aquela função pública. O negócio é conseguir ser chamado e integrar o quadro de funcionários da prefeitura. O resto que se dane!
Prefeitos eleitos, façam como Brizola. Deem preferência total à educação, que as demais atividades administrativas municipais desenvolver-se-ão como que por um toque de mágica, porque sem educação não há salvação, nem aqui nem na Cochinchina. Até a limpeza da cidade, em geral, terá outro perfil, porque o cidadão educado tem consciência de que não pode jogar no chão papel, plásticos e tocos de cigarros. 
Mas para isso temos que começar pela família, nos primeiros anos de escola e, assim, sucessivamente, até chegar à universidade. É claro que não será de uma hora para outra. Levará anos a fio, mas com persistência chegar-se-á nos patamares dos países de primeiro mundo. Enfatizamos, é preciso dar o primeiro passo e esse deve iniciar pela educação na família e no município, porque é ali que o cidadão reside, vive e se realiza.

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