quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

QUANDO O ERRO VALE A PENA

Considerado um bom tenista, integrante da seleta Associação dos Tenistas Profissionais dos Estados Unidos (ATP), Donald Young passou por um período difícil. Nada dava certo. Passou 17 jogos sem vencer. Ele pensava desistir, mas os colegas o animavam: você está jogando bem, é apenas questão de tempo. Finalmente voltou a vencer e a sorrir. Ele admitiu que esta vitória teve o dom de fazer esquecer a longa série negativa e deu-lhe a alegria de um principiante, como se fosse a primeira vitória.
A vida não é nunca o mar de rosas que sonhamos. Ela se constitui em grande desafio. E os desafios surgem de toda parte, sobretudo a partir de nós mesmos. Os outros podem nos incentivar ou desanimar. O importante é ter um objetivo, lutar por ele e pagar o preço necessário. Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica, conheceu o insucesso e as palavras desanimadoras: você não vai conseguir. Por duas mil vezes não deu certo. O caminho mais curto é tentar outra vez. Esta a sua filosofia. Coroado de sucesso, olhava para trás e garantia: não falhei uma única vez, cada erro me ensinava uma maneira que eu não devia repetir, pois não dava certo. 
Todos erramos, todos falhamos. O que marca a pessoa inteligente é aproveitar os próprios erros. Quando nos ensina alguma coisa, o erro valeu a pena. 
A vida é uma grande escola e nela podemos aprender de duas maneiras: com os erros e os acertos. Mas como não temos tempo de cometer todos os erros, é inteligente aprender também com os erros dos outros. Por vezes temos a tentação de deixar de lado os conselhos dos pais. Afinal, eles são de outro tempo. Como nós, nossos pais tentaram, erraram e souberam recomeçar. E isso deu-lhes sabedoria. Um provérbio popular garante que o diabo é inteligente, não por ser diabo, mas por ser velho.
A vida é uma obra de arte. Vale o produto final. Ninguém mais vai lembrar nossas experiências negativas, mas o sucesso que acabará vindo. Devemos imaginar que o sucesso está ali, logo adiante. Se não fosse pelo último minuto, muitas coisas não teriam acontecido. O último minuto ainda não aconteceu. Uma única vez não podemos falhar: é quando tentamos pela última vez. Tentar mais uma vez foi o segredo de um Thomas Edison, de um Cristóvão Colombo, de um Giuseppe Verdi. Quanto aos outros, os que desistiram, seus nomes não foram guardados pela história.
Uma das miopias de nosso tempo é achar que o sucesso tudo justifica. Mais importante que o sucesso é a causa abraçada. Saint Exupéry lembra a história de seu pequeno avião que caiu entre as montanhas nevadas dos Andes. Tudo o levava a desistir e deixar que o doce veneno do gelo acabasse com seu sofrimento. Mas ele decidiu dar mais um passo. Depois, caminhou dois dias e duas noites até a salvação. 
O segredo foi dar mais um passo.

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