segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A TUA FÉ TE SALVOU.

Um das realidades da experiência humana em que mais se apela para a fé é a doença. Já se ameaçou publicar a “morte de Deus”, substituído pelos avanços científicos e técnicos; já se disse que Deus é uma invenção humana para os fracos, mas hoje estamos notando claramente que todos os avanços não estão conseguindo resolver as questões mais preocupantes da vida. Não vem ao caso atiçar uma briga entre ciência e fé, que em nada ajudou a nenhuma das partes por muito tempo.
A doença precisa da medicina, e a medicina verdadeira também conta com a fé e o cultivo de uma espiritualidade. No livro do Eclesiástico encontramos uma página de sabedoria e integração da fé com a ciência, da oração com a medicina, para que a “saúde se difunda sobre a terra”. O texto afirma que um bom israelita não pode se revoltar contra a enfermidade, mas elevar a Deus sua oração, rogando a cura.
O mesmo texto do Eclesiástico afirma que é próprio da fé interceder também pelo farmacêutico e pelo médico para que acertem nos remédios, no diagnóstico e no tratamento. O médico, por sua vez, deve colocar sua ciência e habilidade a serviço da cura, para que todos preservem e cultivem uma justa qualidade de vida. A súplica de quem roga pela saúde deve ser acompanhada pelo sincero desejo de cumprir os mandamentos e manter-se fiel.
Quando acompanhamos, passo a passo, os encontros de Jesus com os doentes e sofredores, alguns elementos chamam atenção. Ele sabe que o fenômeno da cura pode suscitar nos curados e nos que ficam sabendo, ou vendo, uma atitude de fanatismo. Os fanáticos propagam um falso messianismo, contrário ao Evangelho da vida. Porque Jesus confia no Pai e com Ele está em comunhão, também crê no ser humano, na sua capacidade de erguer-se pela graça de Deus. 
Por este motivo, outro elemento das curas de Jesus nos chama atenção, quando insiste: 
“...a tua fé te salvou!”
A fé dos intermediários entre Cristo e o doente confirma-se também importante. Assim vemos o centurião que crê na palavra de Jesus , ou ainda a fé de Jairo para a ressurreição de sua filha. Esses quadros nos mostram como, hoje, é importante a súplica de intercessão da família, da comunidade e dos amigos pelos doentes.
Conhecemos o relato de uma experiência vivida num grande hospital dos Estados Unidos, onde um grupo de cientistas encaminhou a divisão de pacientes em duas alas diferentes. Numa foram colocados os doentes que contavam com a oração e a intercessão dos externos e, em outra, os doentes que não tinham nenhuma ajuda espiritual. Em pouco tempo a diferença foi notória. Os que tinham acompanhamento espiritual pela oração reagiam positivamente de modo admirável. Os outros que não contavam com o reforço da oração confirmavam uma enorme dificuldade de melhora.
Em se tratando da força da fé para curar, creio que temos muitos aspectos a aprofundar e, acima de tudo, um grande desafio para o justo equilíbrio entre o simplismo mágico e a fé cristã verdadeira. Deus nos dê saúde e fé!

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