quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UMA IMAGEM EM PEDAÇOS

Não faz muito tempo, um banco bloqueou a conta de Julian Assange, do Wikileaks. Isso fazia parte de um movimento destinado a dificultar sua vida.

Havia um punhado limitado de dinheiro ali. Apenas para relembrar. Telegramas vazados pelo Wikileaks sobre o corrupto governo da Tunísia foram importantes no desencadeamento da Revolução do Jasmim.
Foi nesse quadro que um vendedor de frutas de uma cidadezinha da Tunísia ateou fogo ao próprio corpo depois de ser impedido de trabalhar e de receber bofetadas de uma policial. Cartazes dele foram empunhados pelas massas que derrubaram pacificamente o governo. O mártir morreria 18 dias depois de seu gesto de revolta. Quatro dias depois, uma ditadura de mais de 20 anos estava encerrada.

Por que agora nenhum banco congela a conta – multimilionária — dos ditadores árabes?
A imagem das grandes empresas – o chamado big business – é ruim. Elas transmitem a impressão de que estão preocupadas apenas com elas próprias.


A absurda diferença de tratamento dispensado a Assange e aos ditadores apenas reforça uma imagem em pedaços.



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