segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

FOCOS DE TENSÃO

Apesar das duas semanas de intenso noticiário, os analistas preferiram não se arriscar. Enquanto o velho ditador desabava, o esquema militar que o produziu e tutelou ficou esquecido.
A república castrense do Egito ficou na sombra, os especialistas preferiram concentrar as suas atenções no chamado "perigo islâmico", esquecidos de que a Irmandade Muçulmana, embora nascida às margens do Nilo, hoje não é ameaça.
E no sábado (12/2), quando o chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, marechal Mohamed Hussein Tantawi, anunciou que o Egito respeitaria todos os acordos internacionais, nossa mídia exultou tanto quanto os israelenses. Deveria aproveitar a boa notícia para pressionar o atual governo de Benjamin Netanyahu a fazer a sua parte e acabar com um dos principais focos de tensões na região. No momento em que surge um novo Egito no cenário oriental a continuação dos assentamentos israelenses na Cisjordania exibe a decadência dos velhos falcões.

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