sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

JÁ TE FALARAM DO JORNALISMO CIDADÃO

O turbilhão de mudanças que afeta o jornalismo desde o advento da internet e da web está provocando a aposentadoria de mais uma opção entre as dezenas surgidas desde que os profissionais perderam o monopólio da publicação de noticias.
A bola da vez é o conceito de jornalismo cidadão, que durante um par de anos foi visto como uma alternativa ao chamado jornalismo convencional. A lenta perda de conteúdo para a idéia de um jornalismo feito por pessoas comuns não representa um retorno à ortodoxia corporativa e nem o fim de um sonho.
Trata-se basicamente da evolução de um processo de exploração da nova realidade informativa criada pela internet e pela web. Quando os leitores, ouvintes e telespectadores descobriram que também podiam ser protagonistas ativos no processo de produção e disseminação de notícias houve de imediato uma justificada euforia. Afinal estava caindo um monopólio informativo da imprensa convencional e surgiam as primeiras experiências de produção alternativa, logo batizadas de jornalismo cidadão, porque eram praticadas por pessoas comuns, jornalistas autônomos e organizações da sociedade civil. Houve uma explosão de criatividade fora das redações, ao mesmo tempo em que a crise do modelo de negócios da imprensa chegava a limites inimagináveis.
A nova terra prometida do jornalismo na web é a procura de modelos de auto-sustentabilidade. O que se conhece nessa área é quase nada, a não ser frustrações em sequência. A grande diferença é que será uma busca bem mais silenciosa do que o estardalhaço e os modismos das inúmeras variantes do jornalismo cidadão. Também será uma iniciativa que dependerá mais da interatividade do que de gênios isolados. Mais da conversa do que do trombone.

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