segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SE ATÉ O FMI ESTÁ PREOCUPADO COM OS COMMODITIES, É POR QUE TEM BATATA NA CHALEIRA.

Se até o FMI está alertando aos países em desenvolvimento para o risco da não regulação governamental da compra e da venda das commodities agrícolas, e do aumento excessivo dos preços dos alimentos, é porque a coisa tá feia mesmo. Não é à toa que o preço da comida sobe dia após dia, sapecando o bolso dos trabalhadores. Da mesma forma que como aconteceu com a crise econômica de 2008, há muitos conglomerados econômicos do setor (Cargil, Bunge etc) faturando alto no mundo inteiro com a especulação entorno dos alimentos. Controlam a produção, compram barato dos produtores, vendem insumos caríssimos (pesticidas) e ainda revendem o mesmo produto já industrizado.

O exemplo do leite e seus derivados é classico. O agricultor recebe R$ 0,50 centavos pelo litro do leite, mas as empresas revendem o produto por R$ 1,80. Um saboroso picolé, que em seu conteúdo não tem mais do que 50 ml do produto, é vendido a R$ 2,00, ou seja, um lucro fantástico.
Esses grandes grupos de especuladores já possuem o controle global da compra, venda e da produção de alimentos, investem pesado na compra de terras férteis para a produção biocombustiveis, são os controladores majoritários da produção de monoculturas endereçadas à exportação.Muitas dessas empresas já possuem vastas áreas de terras localizadas sob grandes lençois de água (Aquífero Guarani no RS), tendo o claro objetivo de garantir o produto cada vez mais raro para os próximos 200 anos.

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