A economia deixou de ser a “serva” da sociedade para se tornar a sua “senhora”. Impulsionada pela ideia de progresso linear e quantitativo assentado sobre o crescimento econômico e recursos naturais ilimitados, a economia, na sociedade industrial, foi se desvencilhando gradativamente da ética e da política e passou a ser orientada e regida tão somente pelo mercado. Passou a prevalecer a relação de dominação, de subjugação, lógica expressa na máxima de descartes de que “somos senhores e dominadores da natureza”.
Esta visão justificou, e ainda justifica a visão predatória dos recursos naturais, a extinção da biodiversidade, a poluição. A natureza passa a ser considerada pela economia como uma externalidade, isto é, como algo que não entra no cálculo econômico. Justificava-se a destruição da natureza em vista da criação de “riqueza”.
Agora se percebe que os recursos naturais do planeta são finitos e que o modelo econômico baseado na produção e no consumo infinito, já não é mais possível. A insistência em persistir nessa lógica, regida pela ideia dominante de crescimento infinito anuncia algo inimaginável até pouco tempo atrás: a real possibilidade da extinção da espécie humana do planeta. Essa é a maior e mais grave crise que teremos que enfrentar.
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