segunda-feira, 8 de agosto de 2016

AO SENADOR BUARQUE

Prezado senador Buarque, quem faz política com ressentimentos, mágoas e vingança rasteja pelas bordas morais e se perde por falta de capacidade de juízo e de ser exemplo para o povo. Seria esse o seu caso?

Olhando daqui tem-se a impressão de que o senhor persegue o caminho decadente em direção à moradia dos refugos da história. Desde que saiu do PT, partido esse com muitos problemas e erros cometidos, o senhor marcou sua trilha com oportunismos ao desejar se candidatar a presidente da República pelo PDT. Depois saiu deste e ingressou no PPS com o mesmo objetivo.

O senhor vende a ideia de que partido e política como arte do bem público é o que menos lhe interessa. O debate construtivo de projetos coletivos não o inspiram. Pelo contrário, o senhor quer ser o todo poderoso programa que qualquer partido tem que adotar. E o seu programa é o senhor mesmo e o seu plano de uma nota só.

Então a sua neutralidade, base de suas dúvidas, era totalmente falsa. O senhor nunca teve dúvidas. Sua posição nunca foi neutra. O senhor tem lado, senador Buarque.

O seu lado é o do golpe e da morte à democracia. O senhor segue a marcha dos coronéis fichas sujas, empanturrados de propinas e investigados pela polícia. O seu chefe é o clandestino interino e golpista MisShel Temer, no fundo sob o comando do corrupto Eduardo Cunha.

Com sua decisão de votar no impeachment o senhor se despede definitivamente do povo e da democracia, num grandioso gesto suicida e hipócrita.

O seu caminho será ao lado de Temer, de Cunha e de todos os outros golpistas de 1954, forçando o suicídio de Getúlio, dos que derrubaram Jango em 1964 e agora com os vendilhões do Brasil. No fundo do abismo o senhor será esquecido e seu discurso sobre educação o acompanhará nas sombras do esquecimento.

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