quarta-feira, 20 de julho de 2016

VIOLENCIA E PAZ A REFLEXÃO DE HOJE.

A barbárie parece pautar as ações da tal humanidade, mas temos de mudar essa lógica.

Mas vamos à História... Cerca de 200 milhões de ameríndios foram mortos por espanhóis, ingleses e portugueses entre os séculos XVI e XX e com as bênçãos da santa amada igreja. O numero é tão assustador que algumas vezes parece ser mais fácil ignorar e não chorar essa vergonha e esses mortos.

Só no Peru, México e América Central no século XV a população nativa era de cerca de 35 milhões, mas após a chegada dos espanhóis no XVI a população foi sendo dizimada e chegou a menos de 3 milhões no século XVII.

A ação portuguesa, não foi menos bárbara. Dizimou grande parte da população nativa do Brasil, estima-se que havia 10 milhões de índios e atualmente existem cerca de 500 mil.

Na América do norte as estatísticas indicam que havia cerca de 10 milhões de nativos e poucos sobraram já que na terra dos bravos a máxima usada para justificar o processo de extermínio era "índio bom, é índio morto".

Mais de 30 milhões de africanos foram sequestrados escravizados, sem que isso causasse indignação às pessoas de bem entre os séculos XVI e XX, ainda hoje há quem relativize esse fato, apesar de a escravidão no Brasil haver perdurado por 388 anos.

Enquanto essa barbárie ocorria no nosso continente na Europa inocentes, aos milhares, eram queimados em praça nas fogueiras da "santa" inquisição, sob aplausos histéricos de uma multidão de ignorantes.

Entre de 70 e 90 milhões morreram nas duas grandes guerras, sendo que desses 22 milhões foram jovens soldados soviéticos e 6 milhões de judeus na 2ª Guerra Mundial.

Apenas civis e aos milhares, morreram em Hiroshima e Nagasaki vítimas da bomba atômica. A bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguida por aquela lançada sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto causou nos primeiros meses os efeitos agudos das explosões e mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento e radioativo e outras lesões. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis.

Cerca de 25 milhões de soviéticos e chineses morreram vítimas do totalitarismo.

Incontáveis comunistas e socialistas foram presos e desapareceram nos EUA no período do macarthismo.

A gerações inteiras a liberdade foi negada graças a ditaduras cruéis apoiadas pelas grandes potências e seus interesses impublicáveis, especialmente na América Latina e África.

Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã, Invasão à Baía dos Porcos, Invasão ao Afeganistão, "Guerra Ira x Iraque", colônias européias na África e Índia também semearam ódio e ressentimento e são outros exemplos da barbárie.

No Iraque desde 2001 morreram cerca de 350 mil civis, especialmente mulheres, crianças e idosos. Tudo com apoio da Inglaterra, Espanha e França...

A guerra na Síria já provocou mais de 191 mil mortes, segundo a ONU (mas há outra contagem que anuncia 318.910 mortes documentadas), bem todos nós temos amigos sírios e libaneses, mas esse fato não repercute como deveria entre nós. O numero de mortos na Síria reflete a barbárie humana e tudo acontece na terra natal dos meus amigos Fawaz e Nawaf, onde ainda vivem seus irmãos e irmãs, sobrinhos e sobrinhas; um conflito interno que estaria sendo fomentado e financiado por interesses ocidentais, segundo o presidente sírio.

A humanidade SEMPRE esteve a desafiar a vida é a desprezar o outro, como se o outro não fosse tão importante quanto eu, apesar das nossas diferenças.

Dai a necessidade de falarmos sobre a Cultura da Paz e pensarmos num mundo novo.

A Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação; no pleno respeito aos princípios de soberania, integridade territorial e independência política dos Estados e de não ingerência nos assuntos que são, essencialmente, de jurisdição interna dos Estados, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional; no pleno respeito e na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; no compromisso com a solução pacífica dos conflitos; nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio-ambiente para as gerações presente e futura; no respeito e promoção do direito ao desenvolvimento; no respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens; no respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e informação; na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, cooperação, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da sociedade e entre as nações.

Essa é a reflexão de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário