segunda-feira, 7 de junho de 2010

MESMO QUE MUITOS NÃO GOSTEM COMO ESCREVEMOS ESTE BLOG VAI RESISTIR

Vivemos agora numa sociedade panótica. Em qualquer lugar que nos encontramos, um olho nos vê. Somos vistos; quase nunca vemos quem nos vê. Não me refiro apenas às câmeras discretas ou ocultas em ruas e prédios, elevadores e lojas. O mais poderoso olho é a TV, exatamente esse aparelho que julgamos decidir quando e o que veremos.
Ligamos a TV motivados por seu olho invisível; ele suscita em nós essa atitude. Antes de a emissora colocar no ar uma peça publicitária ou um programa, vários testes são realizados, de modo a assegurar ao anunciante ou patrocinador o êxito de audiência. Conhece-se o olhar alheio através de exaustivas pesquisas de opinião.
Isso influi inclusive na (des)qualidade da arte. Agora, o artista não cria a partir de sua subjetividade e imaginação. Antes, procura satisfazer o olhar do público. Ele se olha pelo olho do consumidor de sua obra. Sua fonte de inspiração não reside na ousadia de romper e ultrapassar a linguagem estética que o precede, de expressar os anjos e demônios que lhe povoam a alma, e sim na vontade de agradar o público, criar um mercado de consumo para a sua obra, ainda que à custa de banalizar o próprio talento. O olho promissor do mercado configura seu olhar no ato criativo.

Um comentário:

  1. Rui,

    Embora seu blog defenda e segue a linha do PT. Mas o bom e bonito é quando se pode (ou se deve) manifestar e defender os seus pensamentos e opiniões, seguindo os princípios da moral e ética, com liberdade e respeito.

    Opiniões diferentes e discussões respeitosas são a base da democracia. Que seria do Inter se não existisse o Grêmio?

    Portanto nada de desistir. Bola pra frente.
    Abraços
    Ruy Maier

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