quarta-feira, 2 de junho de 2010

ASSENTADOS COLHEM 180 MIL SACAS DE ARROZ ECOLÓGICO

Famílias de assentamentos da reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), produzem, há 11 anos, o arroz ecológico – sem utilização de venenos ou agrotóxicos. Na safra 2009/2010, oito assentamentos de seis cidades da região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, colheram 180 mil sacas do arroz.

Ao todo, nesta safra, foram plantados mais de 2 mil hectares de arroz e 4 mil hectares estão em processo de certificação. O cereal produzido pelos pequenos agricultores também é certificado pelo Instituto de Mercado Ecológico (IMO), uma organização internacional que atesta a produção sustentável. Dessa forma, o arroz ecológico dos assentamentos pode ser comercializado no exterior.
De acordo com o integrante da coordenação estadual do MST, Emerson Giacomelli, o arroz ecológico traz benefícios a saúde humana e ao meio ambiente, pois não utiliza agrotóxicos.
“A produção do arroz orgânico, além de ser uma atividade de respeito ao meio ambiente, que ajuda a preservar a natureza para as próximas gerações, também é um produto que não utiliza nenhum tipo de herbicida ou inseticida. Ele é um produto que é produzido de forma natural. Com esse tipo de produção, além do respeito ao meio ambiente, ele tem qualidade. A pessoa que consome produto orgânico, com certeza está consumindo mais saúde.”
A estimativa para a safra de 2011 é de um crescimento de 30% no número de famílias produtoras.


Enquanto os assentados estão preocupados com a produção orgânica, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) estuda a liberação do arroz transgênico Liberty Link, resistente ao herbicida glufosinato de amônio. O arroz transgênico é produzido pela empresa alemã Bayer e já está fora do mercado Europeu por ser considerado reprotóxico, com alto risco para mamíferos. A CTNBio deve decidir em junho se libera a produção.

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