A guerra entre o técnico da seleção e o grupo Globo traz pelo menos uma vantagem para o brasileiro, que em tempos de Copa troca a condição de cidadão pela de torcedor: coloca em evidência a promiscuidade entre jornalismo e negócios e expõe o monopólio concedido pela Confederação Brasileira de Futebol à Rede Globo.
Essa troca de favores não afeta apenas a qualidade do jornalismo oferecido aos brasileiros. Ao diminuir as alternativas de cobertura dos acontecimentos que interessam a praticamente toda a população, esse pacto comercial reduz a diversidade de opiniões ofertadas aos torcedores e submete o noticiário aos interesses comerciais dos patrocinadores.
Se Dunga ri ou fica enfezado, problema dele. Passada a Copa, certamente já vão começar as especulações e pressões sobre seu provável substituto.
Aquilo que deveria mudar é que não muda nunca.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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