terça-feira, 14 de outubro de 2014

NOSSA SOCIEDADE PRECISA DE VENTO FORTE.

Vento, tua força passou por sobre a cidade. Assustou. Ameaçaste de morte árvores e pessoas. Mexeste com telhados. Não poupaste as frágeis janelas e portas. Esqueceste de pedir, com gentileza, licença para entrar! Chegaste como um ladrão que nada respeita.
De onde vens e para onde vais, vento? És um mistério. As pessoas apenas se contentam em dizer: foi um vento forte. Ninguém vê o vento. Apenas é possível ver os resultados.
Os ventos que bateram e batem neste Brasil podem nos fazer refletir. Há uma necessidade de ventos fortes em nosso sistema político. Estamos em permanentes tormentas que destroem a boa vontade de pequenos grupos, que lutam e acreditam na possibilidade de mudança.
Quando a gente vê, através dos meios de comunicação, políticos que passam dinheiro um para outro, que escondem dinheiro até nas meias dos sapatos, é difícil renovar a esperança num sistema de mudança. Chegam ao absurdo de dar-se as mãos e agradecer a Deus pelo sucesso da ladroagem. E alguns são deputados que se dizem seguidores do evangelho.
Os ventos fortes devem chegar nos presídios e nos morros. Fazer a limpeza da maldade. É interessante permanecer por alguns momentos diante de noticiários policiais e de traficantes de drogas e observar como tudo parece brincadeira de crianças. Brincam de se esconder e de fazer guerra.
E os adultos acham estes ventos uma diversão. O que fariam os adultos à tardinha ou à noite? Como ocupariam o tempo se não fossem os brinquedos de guerra e as ações policiais?
Observei um fato. Dificilmente as crianças permanecem diante do televisor para ver violência. A violência ainda não faz parte de suas escolhas. Nossa sociedade é velha e adulta demais! Relembro o mestre Jesus que, falando aos adultos, recomendou: “Quem não se tornar como criança não entra no Reino dos Céus.”
Este é o vento necessário. O vento que vem das palavras e das atitudes de Jesus. Lembro de quando Jesus e os apóstolos, reunidos numa sala, rezando, um vento forte sacudiu a sala. O que aconteceu? As pessoas ali reunidas estavam cheias de medo. O vento sacudiu e libertou as pessoas de seus temores, tradições e costumes.
O vento sempre põe medo. Sempre vem de repente. Mas há o vento calmo. Há a brisa suave da tarde. Mas em geral o vento bate de repente, nos pega de surpresa.
Nestas alturas, necessitamos de muitas pessoas que saibam ser vento. Limpar a sociedade da injustiça e da corrupção, da mentira e do engano. Esses ventos devem sacudir nossas escolas e nosso sistema educacional. Devem sacudir nossas Igrejas e religiões. Devem sacudir, acima de tudo, nossas famílias, que precisam renova-se na mente e no coração. Precisam renovar-se na busca de relacionamentos sadios.

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