quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

REINVENTAR O AMOR É NECESSÁRIO?

O que leva um casal que começa a vida, com muito amor, cheio de sonhos, cair no vazio, no distanciamento? A incoerência interna emerge. Laços afetivos mal elaborados, existência de vínculos precários refletem-se no relacionamento. Como resgatar essa relação? Amarrar de um lado só consegue sustentá-la? Como transcender as dificuldades e transformar esse amor?

Diante das situações difíceis as quais passa o casal, frequentemente, se percebe que uma parte do “eu” de cada um ficou, em muitos momentos, presa no fundo da gaveta, em um lugar do passado, esperando uma palavra, um alento, para que possa só assim construir saídas, resgatar-se. No entanto, fica-se à margem de um caminho incerto ou da acolhida que não vem. Torna-se necessário então construir suas próprias respostas. Sem essa palavra, esse conforto, por mais insignificantes que sejam, é penoso resgatar-se.

A identidade como casal já não existe mais, necessita ser reconstruída sem amassar, anular, quebrar, estraçalhar o outro, mas garantir um lugar para o “eu” de cada um na relação e o lugar dos “nós” serenamente encontrar.

E agora, para onde ir, se é que se deve ir, ou simplesmente ficar e esperar enxergar o que ainda não tenha sido visto?

Onde nos perdemos tanto? Onde nossa vida assumiu caminhos tão longínquos, contraditórios? São questionamentos para quem se permite ver que algo está errado. Será que existe algo a fazer? Sem buscar entendimentos ou soluções, emaranha-se nas teias do não resolvido.

Reinventar o amor em muitas situações, é necessário; para isso precisa-se começar consigo mesmo e, num primeiro momento, resgatar-se é necessário. Chega um tempo em que é melhor a ausência que a presença sem sentido; é construir novas saídas e novas formas de amor e de amar.

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