domingo, 4 de dezembro de 2016

PARA REFLETIR: A DIFERENÇA E OS DIFERENTES.

O tempo permite que se façam comparações entre gerações, épocas e culturas. As gerações passam. As épocas mudam. As culturas se renovam. Por esta razão é impossível afirmar qual geração, época ou cultura é a ideal para a vida humana. Entender as diferenças e os diferentes cria elos de convivência social, essencial para todos os modelos.

Segundo censo e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a média de vida dos brasileiros tem aumentado. Atualmente é superior aos 75 anos. A expectativa de vida da população aumentou 25,4 anos entre 1960 e 2012. Segundo pesquisa, entre 2004 e 2013 as famílias constituídas por casais sem filhos cresceram 33%. Nesse período a proporção de casais com filhos caiu 13,7%: era de 50,9% e passou a ser de 43,9%. A quantidade de casais sem filhos cresceu de 14,6% para 19,4%. Em 2013, de cada cinco casais, um não tinha filhos. A queda da fecundidade e diminuição da mortalidade proporcionou aumento da população em idade ativa. A proporção passou de 54,6% para 68,5%.

A realidade demográfica brasileira, segundo Síntese de Indicadores Sociais de 2014, configura para a convivência social, num futuro próximo, a redução do crescimento da esperança de vida significativa, bem como o impacto na queda do crescimento econômico. Estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) indica que até 2050 o Brasil deve perder 30 milhões de contribuintes da Previdência Social. Isto significa que se aposentar aos 65 anos seria impossível para milhões de brasileiros. Outro problema é o fato de cada vez mais brasileiras chegarem aos quinze anos grávidas. Ademais, segundo a pesquisa, as mulheres ganham independência, mas o salário ainda é bem menor que o dos homens.

Tem-se uma realidade demográfica brasileira em contínua mutação. As gerações, épocas e culturas se renovam num movimento de construção e desconstrução. Por longas décadas definia-se uma geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Isto é, leva-se uma média de 25 a 50 anos. Hoje, calcula-se como sendo uma nova geração um período de 10 anos. Nesse movimento, parece ser tarefa articular a experiência e a maturidade dos mais velhos com as informações dos mais novos, dados às tecnologias, ao mundo digital. Por conseguinte, para a coexistência em uma realidade constituída de diferenças, é preciso ter elementos comuns de convivência social integrada e integradora. Refletir valores de vida comuns a todos garante a convivência social entre diferentes gerações, tempos e culturas. A reflexão e integração iniciam pelo conhecer os diferentes e as diferenças da demografia brasileira, pois a nação é constituída pelas particularidades das gerações, épocas e culturas.

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