Um famoso guerreiro da antiguidade, pouco antes de uma batalha, recebeu seu imediato, que vinha da frente de batalha, com pavor nos olhos. Comandante, disse ele, vamos perder a batalha, o inimigo tem dez soldados para cada um dos nossos. Nessas circunstâncias seria prudente bater em retirada. Isso é o que pensava o imediato, mas o general respondeu: não estamos aqui para contar os inimigos, mas para vencê-los. E, apesar de numericamente inferior, seu exército venceu a batalha. Os anais de guerra lembram a frase do legendário grego Leônidas quando lhe comunicaram que o exército persa era muito mais numeroso: suas flechas escurecerão o sol. Leônidas respondeu: melhor, combateremos à sombra. Ele escolheu o estreito de Termópilas, local estratégico que anulava a vantagem numérica e derrotou os persas.
Hoje a opinião pública é contra qualquer guerra, mas os livros de história estão repletos de fatos envolvendo guerreiros e batalhas. A vida pode ser também considerada uma grande batalha. Muitas vezes as situações são adversas e as derrotas inevitáveis. Perder uma batalha faz parte, mas não podemos perder a guerra. Para triunfar na vida é necessário ter um projeto claro, acreditar nele e ter a disposição de pagar o preço necessário. Sonhar é importante, mas não leva a nada. É necessário acordar, ter disposição de pagar o preço e, se necessário, recomeçar. Mudar faz parte da estratégica da vida, mas, quando mudamos, devemos ter a certeza de que estamos mudando para melhor.
Perder uma batalha é comum. Os grandes, os heróis, passaram por isso. O importante é aprender com a derrota. O único insucesso que não vale à pena é aquele que nada nos ensina. A derrota deve ser um desafio para recomeçar de maneira diferente. A derrota é também uma mestra: ela nos ensina como não fazer.
Leônidas venceu porque soube adotar a estratégia certa. No desfiladeiro de Termópilas, os persas tinham de avançar em fila única e isso favoreceu Leônidas e seus trezentos espartanos. Também é importante a persistência. Pode ser hoje, amanhã ou algum dia. Importante é crer que o sonho se tornará realidade. Enquanto a certeza continuar viva, a vitória está a caminho.
E a fé inspira os crentes.Breve Festejaremos mais uma Semana Santa. Haverá um sonho, depois virão as dificuldades, enfim, a sombria Sexta-Feira das trevas e da morte, a Sexta-Feira do sepulcro. Mas haverá também o Terceiro Dia, o dia definitivo da luz. É iluminados pela certeza da fé que os cristãos, que representam uma minoria, continuam lutando. Eles têm certeza que a última palavra ainda não foi dita. Têm certeza que o mal não terá a última palavra. A história humana tem um final marcado: um final feliz.
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