quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

UM FINAL FELIZ!

Um famoso guerreiro da antiguidade, pouco antes de uma batalha, recebeu seu imediato, que vinha da frente de batalha, com pavor nos olhos. Comandante, disse ele, vamos perder a batalha, o inimigo tem dez soldados para cada um dos nossos. Nessas circunstâncias seria prudente bater em retirada. Isso é o que pensava o imediato, mas o general respondeu: não estamos aqui para contar os inimigos, mas para vencê-los. E, apesar de numericamente inferior, seu exército venceu a batalha. Os anais de guerra lembram a frase do legendário grego Leônidas quando lhe comunicaram que o exército persa era muito mais numeroso: suas flechas escurecerão o sol. Leônidas respondeu: melhor, combateremos à sombra. Ele escolheu o estreito de Termópilas, local estratégico que anulava a vantagem numérica e derrotou os persas.
Hoje a opinião pública é contra qualquer guerra, mas os livros de história estão repletos de fatos envolvendo guerreiros e batalhas. A vida pode ser também considerada uma grande batalha. Muitas vezes as situações são adversas e as derrotas inevitáveis. Perder uma batalha faz parte, mas não podemos perder a guerra. Para triunfar na vida é necessário ter um projeto claro, acreditar nele e ter a disposição de pagar o preço necessário. Sonhar é importante, mas não leva a nada. É necessário acordar, ter disposição de pagar o preço e, se necessário, recomeçar. Mudar faz parte da estratégica da vida, mas, quando mudamos, devemos ter a certeza de que estamos mudando para melhor.
Perder uma batalha é comum. Os grandes, os heróis, passaram por isso. O importante é aprender com a derrota. O único insucesso que não vale à pena é aquele que nada nos ensina. A derrota deve ser um desafio para recomeçar de maneira diferente. A derrota é também uma mestra: ela nos ensina como não fazer.
Leônidas venceu porque soube adotar a estratégia certa. No desfiladeiro de Termópilas, os persas tinham de avançar em fila única e isso favoreceu Leônidas e seus trezentos espartanos. Também é importante a persistência. Pode ser hoje, amanhã ou algum dia. Importante é crer que o sonho se tornará realidade. Enquanto a certeza continuar viva, a vitória está a caminho.
E a fé inspira os crentes.Breve Festejaremos mais uma Semana Santa. Haverá um sonho, depois virão as dificuldades, enfim, a sombria Sexta-Feira das trevas e da morte, a Sexta-Feira do sepulcro. Mas haverá  também o Terceiro Dia, o dia definitivo da luz. É iluminados pela certeza da fé que os cristãos, que representam uma minoria, continuam lutando. Eles têm certeza que a última palavra ainda não foi dita. Têm certeza que o mal não terá a última palavra. A história humana tem um final marcado: um final feliz.

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