Não tenho mais nenhuma razão para viver”. Essa foi uma das últimas frases ditas por Elizabeth Rosemont Taylor, mais conhecida por Liz Taylor, falecida aos 79 anos. Foi a última diva da época de ouro de Hollywood. Começou a atuar no cinema aos 12 anos. Trabalhou em 54 filmes, recebendo dois Oscar, distinção máxima no cinema. Foi perfeita no palco e um fracasso total fora dele.
Casou nove vezes e teve oito maridos - deu-se ao luxo de casar duas vezes com Richard Burton. Casamentos seguidos de separações. Seu primeiro divórcio foi aos 18 anos. Foi a primeira atriz a receber um milhão de dólares para participar de um longa metragem. Sua vida pessoal foi totalmente tumultuada, com passagens sombrias pelo mundo do álcool e das drogas, com direito a tentativas de suicídio. No fim da vida aderiu à causa da Aids, angariando milhões de dólares para pesquisar a cura da doença. Ela será recordada como uma jovem de sorriso encantador, fascinantes olhos violeta, corpo esplêndido e insuperável capacidade de representar. Num único papel ela fracassou: na sua vida.
Alguns de seus filmes ficarão para sempre: Assim Caminha a Humanidade, Quem Tem Medo de Virgínia Wolf, O Pecado de Todos Nós... Possivelmente o mais significativo: Adeus às Ilusões! Liz Taylor seguiu um roteiro comum de outras divas do cinema: glória, dinheiro, sexo... depois o desencanto, a decadência e a frase “não tenho mais nenhuma razão para viver”.
Mônica, a mãe de Agostinho, teve uma frase semelhante, mas numa situação diferente. Após chorar, rezar e empregar todas as alternativas possíveis ao longo de trinta anos, ela viu o filho abraçar a fé, ser batizado e assumir um projeto totalmente voltado para Cristo. Que faço, agora, neste mundo? Perguntou-se Mônica. Ela considerou cumprida sua missão. Martinho de Tours, velho e cansado, pediu a Deus o descanso definitivo, mas colocou uma ressalva: caso houver ainda alguma missão, não recuso o trabalho.
Francisco de Assis, já envolvido pelas névoas da eternidade, elaborou a última estrofe do Cântico das Criaturas, em louvor à “ Irmã Morte” que ia conduzi-lo ao Pai.
A morte é bela quando a vida foi bela. A morte tem sentido quando a vida teve sentido. E o Evangelho recomenda: “Ajuntai tesouros no céu, onde a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam”. E com esses tesouros, um sentido para viver e morrer.
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