quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A MORTE TEM SENTIDO QUANDO A VIDA TEVE SENTIDO.

Não tenho mais nenhuma razão para viver”. Essa foi uma das últimas frases ditas por Elizabeth Rosemont Taylor, mais conhecida por Liz Taylor, falecida aos 79 anos. Foi a última diva da época de ouro de Hollywood. Começou a atuar no cinema aos 12 anos. Trabalhou em 54 filmes, recebendo dois Oscar, distinção máxima no cinema. Foi perfeita no palco e um fracasso total fora dele.
Casou nove vezes e teve oito maridos - deu-se ao luxo de casar duas vezes com Richard Burton. Casamentos seguidos de separações. Seu primeiro divórcio foi aos 18 anos. Foi a primeira atriz a receber um milhão de dólares para participar de um longa metragem. Sua vida pessoal foi totalmente tumultuada, com passagens sombrias pelo mundo do álcool e das drogas, com direito a tentativas de suicídio. No fim da vida aderiu à causa da Aids, angariando milhões de dólares para pesquisar a cura da doença.
Ela será recordada como uma jovem de sorriso encantador, fascinantes olhos violeta, corpo esplêndido e insuperável capacidade de representar. Num único papel ela fracassou: na sua vida.
Alguns de seus filmes ficarão para sempre: Assim Caminha a Humanidade, Quem Tem Medo de Virgínia Wolf, O Pecado de Todos Nós... Possivelmente o mais significativo: Adeus às Ilusões! Liz Taylor seguiu um roteiro comum de outras divas do cinema: glória, dinheiro, sexo... depois o desencanto, a decadência e a frase “não tenho mais nenhuma razão para viver”.
Mônica, a mãe de Agostinho, teve uma frase semelhante, mas numa situação diferente. Após chorar, rezar e empregar todas as alternativas possíveis ao longo de trinta anos, ela viu o filho abraçar a fé, ser batizado e assumir um projeto totalmente voltado para Cristo. Que faço, agora, neste mundo? Perguntou-se Mônica. Ela considerou cumprida sua missão. Martinho de Tours, velho e cansado, pediu a Deus o descanso definitivo, mas colocou uma ressalva: caso houver ainda alguma missão, não recuso o trabalho.
Francisco de Assis, já envolvido pelas névoas da eternidade, elaborou a última estrofe do Cântico das Criaturas, em louvor à “ Irmã Morte” que ia conduzi-lo ao Pai.
A morte é bela quando a vida foi bela. A morte tem sentido quando a vida teve sentido. E o Evangelho recomenda: “Ajuntai tesouros no céu, onde a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam”.  E com esses tesouros, um sentido para viver e morrer.

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