segunda-feira, 16 de abril de 2018
MEDO
O medo que nos abate em momentos específicos, quando o alarme é acionado, é experimentado por todos nós dependendo das dificuldades de cada um, claro que em uma escala diversa. Eles vão sendo internalizados e mostram-se nas nossas atitudes, nos pondo à prova.
Por vezes é um medo que intimida, que segura o passo, que trava a vida, que dificulta o transcorrer do andar. Medo que atrofia, que é angústia sentida, raiva provocativa... Onde se esconde o medo dentro de nós?
Medo de errar e de desapontar gerador de fantasias de culpa que escondidas permanecem em nós. Pensamentos, sentimentos invadindo atitudes, mostrando trauma e rejeições escondidos nesses medos a se atrapalharem.
Medo que se cria na mente inquieta, acorrentando a vida.
Medo que nos faz fugir de nós mesmos, que precisa ser revisitado, compreendido e transformado em uma grande mudança que passa via elaboração. Representa as vozes de todas as dores confusas vividas no passado.
Quanto maior o medo que se sente maior é a tentativa de compreendê-lo ou de ressignificá-lo.
Acordei naquele dia, olhando diferente para o medo que sentia. Observei-o tentando entendê-lo. Precisava decifrá-lo para só assim poder andar pela vida mais tranquila, observando melhor o que sentia. Dei-lhe a mão e nesse andar ele foi se tornando menor, já não mais me engolia ou me tomava inteira como antes. Me apropriava dele e assim ele se tornou meu amigo. Isso era conscientemente revisitar a vida. Não mais teria esse medo assustador e acredito que assustadoramente em alguns momentos o medo dos meus medos foram amparados.
Assim simplificava a vida.
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