quarta-feira, 30 de agosto de 2017

NO CÉU, NA TERRA E NO MAR

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Uma imagem do Cristo, de braços abertos e olhos voltados para o céu, está cimentada no mar de Taranto, perto de Capo San Vito, no sul da Itália. Dedicada aos civis e militares que morreram no mar, a obra de 1,65 metros de altura, repousa sobre um sólido pedestal. Em 15 de agosto de 1985, durante uma cerimônia oficiada por dom Guglielmo Motolese, Arcebispo de Taranto, a estátua foi colocada no fundo do mar, com a ajuda de helicóptero da Marinha Italiana, além de rebocadores e mergulhadores, a uma profundidade de oito metros. Todos os anos, nessa mesma data, uma cerimônia renova a fé e a esperança, através das preces de todos os que pedem proteção, além de recordar os que perderam a vida naquelas águas profundas.

Há registro de outras imagens submersas, à exemplo desta. Uma expressão de fé, movida pela saudade dos que partiram e desejo de proteção aos que ainda navegam em águas nem sempre calmas. É evidente que a convicção cristã não está ressaltando o valor de uma imagem, mas respeitando a necessidade do simbólico para expressar e fortalecer determinados sentimentos. Para além do respeito à diversidade religiosa está a confiança e o amor, concretizados numa imagem do Cristo de braços abertos, nas profundas águas do mar. Anualmente as pessoas se reunem em prece para revigorar a fé e eternizar a ‘presença’ dos que partiram. Ninguém enxerga a imagem, exceto os mergulhadores, mas todos sabem que ela está naquele mar.

Nossa vida se assemelha a um barco a navegar. Dependendo das condições do tempo, às vezes, a navegação é serena, outras muito agitada. Os navegadores do sul da Itália não exergam a imagem do Cristo de braços abertos, mas sabem que ela lá está e, assim, se sentem protegidos. Deus sempre será manifestação. Não há necessidade de ver com os olhos físicos a presença d’Ele. O importante é abraçar a vida, não esquecendo que Ele é presença que desconhece distância. Saber que Deus está nas profundezas do mar e na imensidão do céu e da terra, é o suficiente para navegar, em qualquer condição, neste grandioso e misterioso mar da vida. Ele está de braços abertos, sempre atento para auxiliar.

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