sexta-feira, 19 de junho de 2015

UM PROBLEMA QUE PREJUDICA A TODOS

É cada vez maior o volume de recursos aplicado para que cidades e campo não se transformem em gigantescos depósitos de lixo. E mesmo assim as ações em geral não vão além de paliativos para um cenário construído nas últimas décadas pelo consumismo e pela falta consciência.
A busca de soluções levou à criação de sofisticados equipamentos, à montagem de esquemas complexos de coleta e destinação e ao surgimento da indústria da reciclagem, que envolve de pequenos grupos de catadores a empresas de grande porte. Este sistema livra as cidades do caos e ao mesmo tempo distribui renda.
A sua eficácia, no entanto, poderia ser muito maior, com resultados econômicos e sociais mais significativos, se houvesse a compreensão e um pouco de boa vontade de quem produz lixo. Pedidos, avisos e campanhas não conseguem sensibilizar boa parte das pessoas da importância de separar o lixo orgânico do seletivo, de embalá-los adequadamente e levá-los aos pontos de recolhimento. Um procedimento simples, que deveria ser rotineiro, é ignorado, desconsiderado, o que compromete a todos, inclusive aos que agem da forma correta.
A falta de educação de alguns - aqui envolvidos também os vândalos - obriga a utilização de dinheiro que poderia ser investido em outras áreas, como saúde e educação; retira a oportunidade de necessitados auferirem um rendimento melhor com a recuperação de materiais; e ainda causa danos ao meio ambiente.
Não dar importância à destinação do lixo é como poluir a água que se vai beber ou envenenar o alimento que se vai comer. Mas isso não parece contagiar os que, embora minoria, têm forte poder de destruição. E o lixo espalhado por poucos prejudica a todos. Talvez seja o momento de um novo esforço para tentar conscientizar a todos. E se não houver êxito, que pelo menos sejam punidos os que não fazem a sua parte, os que só sujam.

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