segunda-feira, 8 de junho de 2015

SOMOS APENAS O COMEÇO DE UM GRANDE TUDO.

Leio livros. Entro em livrarias e vejo a quantidade enorme de livros nas prateleiras. Abro um, abro outro e fico com vontade de lê-los todos. Neles está a história da humanidade e da cultura de civilizações de todas as raças e épocas. Neles estão histórias de vidas que marcaram e transformaram a humanidade. Nos meus poucos anos de vida não consigo assimilar a sabedoria de todos eles. Preciso morrer para saber de tudo e de todos instantaneamente. Tudo estará em minha mente num aqui e agora.
Viajo por terras e cidades e tudo me parece tão grande e tão pequeno! Percebo que não conheço nada. Nada desta nossa terra e humanidade. Uma pirâmide, um monumento, um desenho numa caverna me falam de milhares de anos de história da humanidade. É o grande mistério da humanidade, cuja história são apenas algumas linhas de um livro infinito. Como penetrar na história dos maias e incas, dos chineses e africanos, que têm muitos milhares de anos? Como saber o que pensavam e faziam os seres humanos a noventa mil anos passados, a duzentos mil anos passados? Não sei nada disso e a humanidade apenas imagina, mas nada sabe da grande história da humanidade. Preciso morrer para, num aqui e agora, ter em minha frente todos os segredos da história de nossos antepassados.
Olho para o universo e fecho os olhos porque não aguento contemplar tamanha grandeza. Morando nesse grão de areia, que é nossa mãe terra, não dá para imaginar bilhões de astros, muito maiores que o sol, que formam esse universo infinito. Como conhecer os bilhões de galáxias e os buracos negros, que são de energia tão intensa que engolem em seu interior galáxias e estrelas? Não sabemos nada desse universo! Por isso, preciso morrer para estar em cada galáxia e estrela e poder ver a beleza e a grandiosidade do universo.
Vejo o pássaro voar e em minha mente a imaginação voa também. Por que o pássaro voa e eu não posso voar? Como desejo, e muito, estar dentro de um pássaro e ver do jeito que ele vê e tentar saborear a liberdade! É preciso morrer para saber porque há um urubu nas alturas espreitando uma carniça e um beija-flor sugando o néctar das flores.
Fico olhando para as crianças e os idosos e surgem em mim muito mais perguntas que respostas. O que pensa uma criança ao nascer? Cada pessoa começa ali sua história. História de frustrações e sucessos, de medos e coragem, de empreendimentos e desistências, de sonhos e fracassos, de vida e de morte. Como saber o que se passa em cada coração humano? Por que um ri e outro chora? Por que um luta para viver e outro faz tudo para morrer? Na verdade, não sabemos nada de nada. Somos apenas um começo de um grande tudo. Mas desde agora teimo e teimamos em saber e conhecer, porque sei que quanto mais alimento desejos, mais terei possibilidade de conquistá-los. Mas para saber e ter tudo em mim preciso morrer, porque esse meu corpo é um impedimento para chegar onde desejam chegar meus sonhos.

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