terça-feira, 29 de julho de 2014

O PRINCIPIO DA SIMPLICIDADE.

Há padrões de vida que valem para todos os tempos. Há caminhos, leis, maneiras de viver que correspondem às leis da natureza humana, às leis do corpo, da mente e do espírito. Leis e normas que desde os primeiros seres humanos, que viveram há muitos milhares de anos, nortearam a vida de todos. Outros seres humanos, que pertencerão ao futuro, daqui a muitos milhares de anos, seguirão leis e normas, nas mesmas exigências das pessoas do momento presente. Há princípios que são válidos para todos os tempos. Desde o nascer até o morrer. Nascer e morrer já é uma lei que nunca muda. Assim é o comer e o beber, o dormir e o descansar, o procriar e o conviver, o buscar a felicidade, o prazer, a alegria e a realização. Mas, além desses, há princípios vivenciais que ajudam a realizar os grandes princípios da realização humana.
O princípio da simplicidade. O complicado desagrada a todos. A simplicidade faz com que a criatura humana - nós portanto, - tome o caminho do viver com o necessário, sem se embrenhar no complicado caminho do acúmulo materialista. Faz com que tome o caminho do vestir com simplicidade, sem escravizar-se com o prisioneiro caminho da moda, das roupas apertadas e incômodas. Faz com que tome o caminho da alimentação natural e sadia, deixando de lado o mortífero caminho das comidas gostosas e envenenadas. Faz com que trabalhe para viver e não viva para trabalhar, pois a vida é muito mais do que a prisão de uma profissão ou de um trabalho que a torna cega perante o lucro a qualquer preço. O princípio da simplicidade nos faz viver como pessoas livres, donas de si, comandantes da vida e do destino.
O princípio da sobriedade. Ser sóbrio é ser sábio. A sobriedade faz com que todas as pessoas vivam com o necessário para viver bem. Assim todos teriam possibilidade de vida digna. Não haveria acúmulo de bens. A sobriedade faz com que todos se alimentem com o alimento necessário. Não haveria nem famintos e nem doentes por comerem demais. A sobriedade faz com que todos tenham água e bebida suficientes. Não haveria beberrões e nem pessoas sedentas. O princípio da sobriedade perpassa o vestir, o trabalhar, o divertir-se e todas as atividades humanas. É o equilíbrio da vida.
O princípio da austeridade. Austera não é a pessoa séria e que escolhe o sacrifício como modo de vida. A pessoa austera vive a sabedoria de não gastar mais do que ganha, de não comer mais do que o corpo necessita, de não beber além do que o corpo chama, de não entregar-se ao prazer pelo simples prazer, que produz depois o sofrimento. Ser austero consigo mesmo é assumir a responsabilidade dos próprios atos. É saber que cada minuto da vida é importante, e que não pode ser jogado fora, porque pode ser o minuto decisivo. A vida certa é resultado de pequenos princípios que decidem uma grande vida.

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