Há padrões de vida que valem para todos os tempos. Há caminhos, leis, maneiras de viver que correspondem às leis da natureza humana, às leis do corpo, da mente e do espírito. Leis e normas que desde os primeiros seres humanos, que viveram há muitos milhares de anos, nortearam a vida de todos. Outros seres humanos, que pertencerão ao futuro, daqui a muitos milhares de anos, seguirão leis e normas, nas mesmas exigências das pessoas do momento presente. Há princípios que são válidos para todos os tempos. Desde o nascer até o morrer. Nascer e morrer já é uma lei que nunca muda. Assim é o comer e o beber, o dormir e o descansar, o procriar e o conviver, o buscar a felicidade, o prazer, a alegria e a realização. Mas, além desses, há princípios vivenciais que ajudam a realizar os grandes princípios da realização humana.
O princípio da simplicidade. O complicado desagrada a todos. A simplicidade faz com que a criatura humana - nós portanto, - tome o caminho do viver com o necessário, sem se embrenhar no complicado caminho do acúmulo materialista. Faz com que tome o caminho do vestir com simplicidade, sem escravizar-se com o prisioneiro caminho da moda, das roupas apertadas e incômodas. Faz com que tome o caminho da alimentação natural e sadia, deixando de lado o mortífero caminho das comidas gostosas e envenenadas. Faz com que trabalhe para viver e não viva para trabalhar, pois a vida é muito mais do que a prisão de uma profissão ou de um trabalho que a torna cega perante o lucro a qualquer preço. O princípio da simplicidade nos faz viver como pessoas livres, donas de si, comandantes da vida e do destino.
O princípio da sobriedade. Ser sóbrio é ser sábio. A sobriedade faz com que todas as pessoas vivam com o necessário para viver bem. Assim todos teriam possibilidade de vida digna. Não haveria acúmulo de bens. A sobriedade faz com que todos se alimentem com o alimento necessário. Não haveria nem famintos e nem doentes por comerem demais. A sobriedade faz com que todos tenham água e bebida suficientes. Não haveria beberrões e nem pessoas sedentas. O princípio da sobriedade perpassa o vestir, o trabalhar, o divertir-se e todas as atividades humanas. É o equilíbrio da vida.
O princípio da austeridade. Austera não é a pessoa séria e que escolhe o sacrifício como modo de vida. A pessoa austera vive a sabedoria de não gastar mais do que ganha, de não comer mais do que o corpo necessita, de não beber além do que o corpo chama, de não entregar-se ao prazer pelo simples prazer, que produz depois o sofrimento. Ser austero consigo mesmo é assumir a responsabilidade dos próprios atos. É saber que cada minuto da vida é importante, e que não pode ser jogado fora, porque pode ser o minuto decisivo. A vida certa é resultado de pequenos princípios que decidem uma grande vida.
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