terça-feira, 20 de maio de 2014

TUDO É MEU, TUDO É MEU!

Donos das sementes e das cadeias alimentares, dos produtos de fertilização do solo, das fontes de informação e, em breve, das águas do planeta, esses poucos homens poderosos que se reúnem em corporações sentem-se os novos deuses da história. Nada os detêm. Se der lucro, eles fazem e, se clonar um ser humano for vantajoso, eles darão um jeito de consegui-lo.
Há sempre um jeito de calar os religiosos e de convencer uma população inteira de que isso é bom para o futuro da humanidade. Se puderem comprar um púlpito e uma igreja, é o que farão. Talvez eles não sejam o anti Cristo, mas certamente são o anti-homem. Não lhes interessa a sorte e o futuro de bilhões de pessoas, contanto que a deles esteja garantida.
Como animais que urinam numa área da floresta para delimitar seu território, eles delimitam o seu. Só que o seu território está ficando cada dia maior. E se decidirem que querem a terra e o espaço dos outros, é isso o que farão. Corporações, indústrias, políticos, países, máfia, grupos religiosos avançam impiedosamente no território e nas ovelhas dos outros.
Ouve-se no mundo inteiro um só grito: “É meu, é meu, é meu!”. Nada que é do outro é sagrado, mas o que é deles é intocável! É nesse tipo de mundo, onde milhões não agem como irmãos e não querem ser irmãos, que você escolheu ser irmão (ã) de todos. Não se iluda: é muito difícil! Alguém quis isso, o fez da maneira mais altruísta possível e acabou torturado e crucificado.
O mundo sofre há milênios a “síndrome do filho único”, e não quer ter irmãos e ter que dividir os seus bens com os outros. Ele até aceita, desde que joguem na bolsa, tussam, orem, cuspam, invoquem a Deus exatamente como ele. Então aceita chamá-lo de irmão, desde que você admita que o escolhido é ele e que a maior parte da herança a ele pertence. Segundo eles, não existem direitos iguais e se alguém insistir nessa pregação, há uma cruz à sua espera em algum lugar do planeta.

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