quarta-feira, 14 de abril de 2010

O QUE MUDAR O TRÂNSITO OU O MOTORISTA?

É altamente importante pensar nisso: O que leva um motorista a avançar o sinal vermelho de um semáforo? Ou a abusar da velocidade e fazer ultrapassagens em locais proibidos? As respostas a essas perguntas abririam muitos atalhos na busca de soluções para a tragédia no trânsito brasileiro.
As citadas estão entre as mais comuns infrações cometidas em vias urbanas e rodovias. Remetem, por si só, à certeza de que o motorista está despreparado ou dirige um veículo dominado pela imprudência. Nos dois casos, os efeitos podem ser fatais.
A falta de educação no trânsito está na origem das mais de 40 mil mortes registradas por ano nas pistas do Brasil. E educação significa conscientização necessária para uma pessoa conduzir um veículo automotor, o que começa pelo respeito à sua vida e à dos outros.
A tentativa de frear a violência no trânsito com uma legislação mais rigorosa não está surtindo o efeito desejado. Falta fiscalização, falha que fez com que até a Lei Seca passasse a ser ignorada, o que comprova a fragilidade dos mecanismos oficiais para combater o cada vez mais forte problema.
É preciso reconhecer ainda que o crescimento da frota de veículos não teve o devido acompanhamento de obras de infraestrutura. Nos últimos anos milhões de carros novos passaram a disputar as mesmas rodovias, revelando precariedades de uma malha que não é sequer bem sinalizada. E os pedágios, expectativa de investimentos na área, só não frustram - ou revoltam - quem deles retira lucros gigantescos.
A esperança para conter a tragédia no asfalto reside no motorista. O primeiro passo é ele mudar o comportamento. Nada fácil, mas bem mais atingível do que criar condições para fazer cumprir a legislação ou surgir recursos financeiros para melhorar e ampliar a malha rodoviária.

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