Adentrar-se na vida do outro. Querer ter o controle do que ele diz e gosta e acima de tudo em como conduz sua vida, pode fazer parte da existência de algumas pessoas.
Tudo é tomado pelo outro... não se tem espaço, nem forças para conquistar esse lugar na nossa vida e no nosso mundo. Não se tem mundo, vive-se no planeta do outro.
Não se aprende a pensar; tudo vem do outro que controla; os pensamentos, as ideias, o que fazer, o que dizer... Mas o sentir atrapalhado, isso é nosso, porque não descobrimos um lugar confortável para o eu estabelecer-se dentro de si.
Algumas pessoas acreditam que não se pode viver sem a opinião delas. Metem-se, intervêm, verbalizam teorias e tentam implantar suas ditas verdades. Mais que isso, o fazem sem que o outro se dê conta. Criam um verdadeiro estrago com besteiras que vão sendo construídas no outro.
Opiniões e julgamentos vem pela esquerda, pela direita, daqueles que se dizem amigos, dos que acreditam tudo saber. Eles minam espaços, invadem histórias, deixam buracos nos relacionamentos. E o limite? Onde fica?
Precisamos nos recriar e aprender a verdadeiramente nos olhar. Encontrar dentro de si o direito de escolher partes da sua vida, saindo do endereço do outro, é um grande aprendizado, tornando-se protagonista da sua história.
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