domingo, 15 de janeiro de 2017

O CASAMENTO HOJE EM DIA...

O Cristianismo se vale da dinâmica de comunidade para subsistir, tendo o próprio Cristo afirmado que “” (Mt 18,20). Nesse sentido, a pequena comunidade do matrimônio é um casulo de amor e respeito à vida. Porém, essa vida também é ameaçada por algumas enfermidades e deficiências como a discórdia, o divórcio, a profanação da aliança conjugal, as dificuldades econômicas.

No matrimônio, o amor divino é vivido de maneira intensa pelos cônjuges. Esse amor fecundo de vida se prolifera na criação de uma nova vida, os filhos, que emanam dessa união e desse enlace amoroso do casal. A prole, designada a ser amada e cuidada no amor e na vontade de Deus, surge para formar a família, uma pequena “eclesíola” (LIBÂNIO). Essa união dos cônjuges é sacramentada pela ação da Igreja. Os pais educarão seus filhos no amor paternal e na religiosidade, recebendo dos filhos a fidelidade filial. Essa fé e educação nos desígnios do Criador é o que tornam o matrimônio e a família santificados.

A pureza e a fidelidade são permeadas pelo amor conjugal, tornando a união do casal uma construção de vida e de respeito. Essas são também características de uma união de santidade e de fecundidade, a partir da qual a prole é gerada e cuidada no círculo familiar. Essa dinâmica fecunda é uma continuidade, uma colaboração com o Criador em sua obra, ocasião na que os cônjuges se tornam intérpretes da intenção divina.

Porém, o que caracteriza a família contemporânea? A compreensão tradicional afirma que se trata da composição marido/esposa/filhos. Não seria uma compreensão desatualizada e descontextualizada da realidade, principalmente nos aglomerados urbanos? Ora, nesses lugares percebemos uma estruturação familiar muitas vezes condicionada ao abandono dos filhos pelos pais (homens), sendo criados apenas pelas mães solteiras, desquitadas, ou sem união estável. Casos diversos, mas não menos reflexíveis, são as famílias compostas por pais de um mesmo gênero (homossexuais) e seus filhos geralmente adotados ou gerados através de gravidez assistida.

Nesse sentido, o mais importante é a forma como cada questão é abordada dentro do seu contexto e sejam compreendidos antes de serem julgados e que garantam a igualdade dos indivíduos. Para que haja a família faz-se necessário não fragmentos de amor, mas amor.

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